QUESTÕES SOBRE A DIVISÃO DO ESTADO DO PARÁ

 Sou a favor da divisão do Estado do Pará em somente 2 partes (Pará + Tapajós). Alguns dos motivos:


1. QUESTÃO ECONÔMICA:

 Segundo pesquisa SEPOF + IBGE + IDESP dos 143 municípios, 19 têm PIB acima do valor médio do Estado, enquanto 124 municípios estão bem abaixo.

 Dos 10 municípios mais ricos do Estado

- 8 estão na Mesorregião Metropolitana de Belém + Nordeste + Sudeste Paraense (Belém, Barcarena, Parauapebas , Marabá, Ananindeua, Tucuruí, Castanhal e Canaã dos Carajás)

- Enquanto somente 2 estão na Mesorregião do Baixo Amazonas + Sudoeste Paraense (Santarém e Oriximiná)

 Dos 10 maiores municípios do setor agropecuário - São Félix do Xingu, Santarém, Paragominas, Marabá, Acará, Novo Repartimento, Água Azul do Norte, Santa Maria das Barreiras, Cumaru do Norte e Conceição do Araguaia - quantos estão no lado do Baixo Amazonas e Sudoeste Paraense.

 Dos 10 maiores municípios do setor industrial - Barcarena, Parauapebas, Belém, Tucuruí, Marabá, Ananindeua, Cananã dos Carajás, Oriximiná, Almeirim e Santarém. No setor de serviços, os dez maiores são: Belém, Ananindeua, Marabá, Santarém, Barcarena, Parauapebas, Castanhal, Paragominas, Tucuruí e Itaituba - quantos estão no lado do Baixo Amazonas e Sudoeste Paraense.

 Dos 5 municípios que mais cresceram - Benevides (crescimento de 49,53% em valor nominal do PIB), Água Azul do Norte (39,81%), Bujaru (32,11%), Tucumã (31,95%) e Capitão Poço (28,48%) - quantos estão no lado do Baixo Amazonas e Sudoeste Paraense.

2. Questão Educacional:

 A presença das universidades no interior do lado esquerdo do Estado é insuficiente. A UFPA até que descentralizou um pouco de Santarém mas para a UEPA parece que não existe, Veja os campis do interior nos links abaixo

- UEPA no Estado http://www.uepa.br/portal/institucional/conheca_uepa2.php

- UFPA no estado http://www.portal.ufpa.br/multicampi_campi.php

3. QUESTÃO GEOGRÁFICA:

 Levando em consideranção a distância do município de Santarem e arredores em relação a capital paraense Belém (1.520 km), aquela área já possui vida própria sendo uma das maiores em população (300 mil habitantes) com PIB per carpita de R$6.000,00 e uma certa diferença cultural, devido maior proximidade com o Estado do Amazônas.


4. QUESTÃO ESTRUTURAL:


 Dizem que não fazem obras porque não tem recurso financeiro, quando tem recurso as obras atrasam, por exemplo o PAC Mapiri/Uruará, e quando a obra chega a ser inaugurada, no final do primeiro inverno a que é submetida ela talvez não exista mais.

 Vias públicas de má qualidade, são problemas cotidianos em Santarém. Em algumas ruas, os buracos são tão profundos que não é possível passar de carro. Para isso existe até um abaixo-assinado contra a falta de infra estrutura da cidade de Santarém http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=sosstm1

 Se Santarém que é o mais importante município da Mesorregião do Baixo Amazonas está nessa situação imagina os outros municípios do Baixo Amazonas e do Sudoeste Paraense.

OBSERVAÇÕES:

 Será que ocorrendo a divisão, dá para ficar pior de que está? Vocês são muito generalistas. Nem todos os políticos são corruptos e nem todos são honetos.

 É muito fácil o pessoal que mora em Belém decidir por quem mora no interior.

 Em 2009, a luta pela emancipação do Oeste do Estado do Pará completa 155 anos.
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