Belém é a segunda cidade mais populosa da região Norte (mais de 1,4 milhão de habitantes) e a maior região metropolitana da Amazônia (mais de 2.000.000 habitantes na Grande Belém - IBGE/2007). Sendo a maior metrópole do mundo na região da Linha do Equador, e a cidade com o maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) entre as capitais da região Norte.
A capital do Estado do Pará é conhecida por três denominações carinhosas: "Metrópole da Amazônia", devido o início da colonização amazônica; "Cidade das Mangueiras", devido presença de vários exemplares dessa árvore em suas ruas, e; "Cidade Morena", devido a miscigenação do povo Português com os índios Tupinambás, nativos habitantes da região na época da fundação.
Devido a região ser parecida uma península, limitada por áreas militares e de proteção ambiental, a cidade teve pouco espaço para expansão, ocasionando uma conurbação que deu origem a Região Metropolitana de Belém (ou Grande Belém) – com a maior população metropolitana da região Norte.
Belém é considerada a principal porta de entrada na região norte do Brasil, devido privilegiada posição geográfica. A cidade pode ser facilmente acedida por vias terrestre, aérea e fluvial, situada às margens do rio Guamá, próxima à foz do rio Amazonas, abriga o Aeroporto Internacional de Val de Cans e a malha rodoviária do extremo norte brasileiro com a BR-316 (Nordeste), BR-010 (Belém-Brasília) e PA-150 (Alça Viária).
Em seus quase quatrocentos anos de história, Belém vivenciou momentos de plenitude como o período áureo da borracha, conhecido por "Belle Epoque" no início do século XX, quando o município recebeu inúmeras famílias européias, o que veio a influenciar grandemente a arquitetura de suas edificações, ficando conhecida como "Paris n'América". Hoje, apesar de ser cosmopolita e moderna em vários aspectos, Belém não perdeu o ar tradicional das fachadas dos casarões, das igrejas e capelas do período colonial.
HISTÓRIA:
A região onde a atual cidade de Belém se localiza era inicialmente ocupada pelos índios Tupinambás. O estabelecimento do primitivo núcleo do município durante o período da conquista da foz do rio Amazonas, à época da Dinastia Filipina, por forças luso-espanholas sob o comando do capitão Francisco Caldeira Castelo Branco, quando, em 12 de janeiro de 1616, fundou o Forte do Presépio.
O povoado que se formou ao seu redor foi inicialmente denominada de "Feliz Lusitânia" em homenagem a Portugal, posteriormente foi denominada por: "Santa Maria do Grão Pará"; "Santa Maria de Belém do Grão Pará", até à atual denominação de "Belém".
Distante dos núcleos decisórios do Brasil (regiões Nordeste e Sudeste) e fortemente ligada a Portugal, Belém reconheceu a Independência do Brasil apenas em 15 de agosto de 1823, quase um ano após a proclamação.
Entre os anos de 1835 e 1840 o município era o centro da revolta dos Cabanos (a Cabanagem), considerada a revolta mais autentica de participação popular da história do país, única onde a população efetivamente derrubou o governo local. Posteriormente receberia o título de Imperial Município, conferido por D. Pedro II (1840-1889).
Nesse período a economia era baseada na atividade de coleta das Drogas do Sertão (especiarias) junto com agricultura de subsistência, complementada com pesca praticada por pequenos produtores na ilha do Marajó e na ilha de Vigia.
Com o aumento da importância da borracha, extraída da seringueira, que caracterizou a "Era da Borracha", entre os séculos XIX e XX, Belém atingiu grande importância comercial. Datam desta época expressivos edifícios como: Palácio Lauro Sodré; Colégio Gentil Bittencourt; o do Teatro da Paz, o do Palácio Antônio Lemos e o do Mercado do Ver-o-Peso. Por esta razão.
Nesse período foram atraídos vários estrangeiros (franceses, japoneses, espanhóis e outros grupos menores) para desenvolverem a agricultura nas terras da "Zona Bragantina". Cresceu, em contrapartida, o comércio de escravos trazidos para os trabalhos gerais necessários e surgiu a figura do caboclo que já se desenvolvia com a miscigenação.
Nessa época o indígena também tiveram participação direta na economia local, mesmo morando nas áreas reservadas afastadas dos centros urbanos, depois de ter enfrentado por muitas vezes os colonizadores em muitos conflitos.
SÍMBOLOS:
No final de dezembro de 2015 foi feita uma pesquisa com a população sobre alguns aspectos que marcam os 400 anos de história de Belém. Realizada através de votação popular para escolher: ponto turístico, prato da culinária e música marcante.
Turismo:
O mercado do Ver-o-peso foi escolhido como o maior símbolo dos 400 anos da capital paraense. A disputa foi acirrada contra o Círio de Nazaré, a maior festa religiosa do Pará, durante a votação em que a votação dos símbolos que representa a cidade.
O tradicional mercado do Ver-o-peso completou 388 anos em 2015, sendo ponto turístico tradicional de Belém. Criado com objetivos de fiscalização do mercado em 1616, conhecido como o “lugar de ver o peso”.
A construção do Mercado de Ferro, como inicialmente era conhecido o Mercado Ver-o-Peso. Sua edificação, com o projeto de Henrique La Rocque, teve início no ano de 1899. Toda a estrutura de ferro do Mercado foi trazida da Europa seguindo a tendência francesa de "Art Nouveau" do movimento "Belle Époque".
Culinária:
A combinação peixe e açaí foi eleito como prato símbolo na culinária dos 400 anos de Belém, da qual também participaram o filhote com jambú e tucupi, a maniçoba, o tacacá e o pato no tucupi.
O "peixe frito com açai" é um prato popular no "Mercado do Ver-o-Peso", sendo o açai elemento importante no almoço dos paraenses, vendido "in natura" em várias esquinas da capital.
Música:
A canção "Ao pôr do sol", de Firmo Cardoso e Dino Souza, foi eleita como a música que mais marcou os 400 anos de Belém, desbancando a música Flor do Grão Pará, de Chico Sena, que chegou a liderar nos primeiros dias de votação. e a música de protesto "Belém, Pará, Brasil", de Edmar Rocha.
A canção vencedora ficou marcada na voz do cantor Teddy Max (falecido em 2008). Grande sucesso que toca o coração de cada paraense.
EXPOSIÇÃO:
Fotógrafos que reigstram cenas de Belém terão um espaço para divulgar sua arte através da televisão em janeiro, uma mostra para exibir a exposição fotográfica “Belém 400 Anos” é um evento promovido pela emissora de televisão Liberal Ltda e parceiros.
Para participar, envie sua foto através do site "Você no G1". Para mais informações confira o regulamento. As fotos serão avaliadas, para compor uma galeria no site.
Mais info, acesse: Belém 400 Anos - G1 Pará