CRONOLOGIA
DA HISTÓRIA PARAENSE E DA AMAZÔNIA ORIENTAL
POR
ELIAS LOPES
Relacionamos em ordem cronológica os eventos históricos sobre o desenvolvimento da
Amazônia Oriental (principalmente da região do atual Estado do Pará), desde o período pré-colonial, passando pelo antigo Estado do Maranhão e
Grão-Pará até a República Federativa do Brasil.
Cronologia com contextualização histórica em homenagem
aos 400 anos de fundação dos municípios paraenses de Belém (#Belém400Anos), Vigia de Nazaré (#Vigia400Anos) e, Bragança (#Bragança400Anos).
INTRODUÇÃO:
A região do “Pará” Antes da chegada dos portugueses, era povoada pelos índios Amanaiés, Anambés, Assurinis-do-tocantins, Assurinis-do-xingu, Caiabis, Parakanã, Suruís; Zoés (Lingüístico: Tupi-Guarani); Aparai, Arara, Katxuyana, Uaianas (Lingüístico: Karíb); Paracatejê-gavião (Lingüístico: Timbira); Curuaias, Mundurucus (Lingüístico: Munduruku); Caiapós-xicrins (Lingüístico: Kayapó); Xipaias (Lingüístico: Juruna); entre outros povos que foram dizimadas durante a colonização portuguesa.
Os portugueses batizaram de “Conquista do Grão-Pará” (do tupi, rio do tamanho do mar), que pertencia a
“Capitania do Maranhão”, subordinado ao “Governo do Norte”. Em 1621 vira “Capitania
do Grão-Pará” e pertencente ao “Estado do Maranhão”. Em 1823 vira “Província do
Grão-Pará” pertencente ao “Estado do Grão-Pará e Maranhão”, em 1850 vira
“Província do Pará” pertencente ao “Estado do Grão-Pará e Rio Negro”, finalmente
em 1889 vira a unidade federativa “Estado do Pará”.
Outras cidades importantes do estado são: Altamira, Barcarena, Castanhal, Itaituba, Marabá, Parauapebas, Santarém, Tucuruí. Os rios principais são: Amazonas, Tapajós, Tocantins, Xingu, Jari e rio Pará.
PERÍODO
PRÉ-CABRALINO (ANTERIOR À 1500):
- As famílias linguísticas da região “Tupi-Guarani”, “Aruaque” e “Xavante”;
-
Aldeias com populações entre 500 e 800 indivíduos, praticam agricultura de
subsistência;
- Na
região norte os povos cerâmicos: índios artesãs na Ilha do Marajó, foz do
Amazonas; E povos agrícolas na Amazônia com cultivo de: cacau, tabaco, abacaxi,
batata doce, mandioca, açaí e cupuaçu (mais de 80 espécies de plantas selvagens
em "florestas antropogênicas" geradas pela ação humana)
- Na
região do Xingu existem estruturas de estradas, diques e paliçadas defensivas;
- Na
região do Acre (Acrelândia) fazem desenhos geóglifos, estruturas cerimônias
ou defensivas;
1498 – O comandante português “Duarte Pacheco Pereira” chega
no Brasil onde habitavam os índios, na região dos atuais estados do Pará e Maranhão. Os
reis de portugueses “D. João II” e “D. Manuel I” esconderam essas informações dos
espiões espanhóis;
- “D. Manuel I” envia secretamente o fidalgo português “Pedro Álvares Cabral” para ver terras além do Atlântico, que fizem parte do acordo europeu “Tratado de Tordesilhas”;
PERÍODO
CABRALINO OU PRÉ-COLONIAL (1500 – 1530):
1500 – Fidalgo chega a região (com Bartolomeu Dias, Nicolau Coelho, Duarte Pacheco Pereira e, fidalgo Sancho de Tovar), toma posse do território indígena e batiza de “América Portuguesa”;
. Procura metais preciosos (metalismo base do sistema mercantil),
inicialmente não encontra ouro (apenas em XVII);
. Comercialização da árvore
“Pau-Brasil” do litoral, com ajuda dos indígenas através do escambo;
. Surge algumas feitorias temporárias no litoral e, uso da tintura dos
tecidos europeus;
-
“Américo Vespúcio” faz uma expedição exploratória na costa brasileira.
SÉCULO
XVI:
1501 – Rei “D. Manuel I” concede à “Fernão de Noronha” a
exploração do “Pau-Brasil” no litoral da América Portuguesa com ajuda dos índígenas através
do escambo;
-
Franceses não reconhecem o “Tratado de Tordesilhas” e exploram “ilegalmente” o
“Pau-Brasil” sem pagar tributos a “Coroa Portuguesa”.
1504 – Chegada de navegadores franceses para exploração do
território;
1530 – América Portuguesa tem importância secundária, mas “D. João III”
cria o sistema de divisão territorial e as “Capitanias Hereditárias” (até 1759) e
“Sesmarias” (semelhante a colônia de “Cabo Verde”) divisão em 14 terras doadas a 12 donatários (nobres
de confiança do rei), para incentivar a colonização e proteção do novo
território:
.
Capitania do Maranhão, João de Barros e Aires da Cunha;
.
Capitania do Ceará, Antônio Cardoso de Barros;
.
Capitania do Rio Grande (1º lote), João de Barros e Aires da Cunha.
.
Capitania do Pará (2º lote), João de Barros e Aires da Cunha - da foz do rio
Jaguaribe a norte, até a baía da Traição a sul;
.
Capitania de Itamaracá (3º lote), Pero Lopes de Sousa;
.
Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho Pereira;
.
Capitania da Bahia, Francisco Pereira Coutinho;
.
Capitania de Ilhéus, Jorge de Figueiredo Correia
.
Capitania de Porto Seguro, Pero Campos de Tourinho;
.
Capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho;
.
Capitania de São Tomé, Pero de Góis da Silveira;
.
Capitania de São Vicente (1ª lote), Martim Afonso de Sousa;
.
Capitania de Santo Amaro, Pero Lopes de Sousa;
.
Capitania de São Vicente (2ª lote), Martim Afonso de Sousa;
.
Capitania de Santana, Pero Lopes de Sousa.
- O
colonizador “Martim Afonso” chega à América Portuguesa.
AMÉRICA
PORTUGUESA PERÍODO COLONIAL (1531):
1532 – Primeiro projeto colonizador empreendido por “Martim
Afonso de Souza”;
- Martim Afonso funda a primeira vila da América Portuguesa chamada “Vila
de São Vicente”, no litoral sul de São Paulo.
-
América portuguesa tem importância secundária na economia de Portugal, devido o
alto interesse no comércio com as Índias Orientais (interesses mercantis do
Império);
- A
colonização da América Portuguesa ocorre por plantações de cana-de-açúcar no Nordeste, que fizeram o papel
de interiorização do Brasil.
1534 – Início da escravidão do índio no Brasil;
1543 – “Braz Cubas” funda a “Santa Casa de Misericórdia de
Todos os Santos”, o primeiro hospital das Américas na região do atual município de
Santos (em São Paulo);
1548 – Criado o governo-geral com o objetivo de centralizar
a administração da Colônia do Brasil.
1549 – Fundação da “Cidade de Salvador” na “Capitania da
Bahia de Todos os Santos”;
-
“Jesuítas” ou a “Companhia de Jesus” chegam ao Brasil para catequese dos
índios, (Leonardo Nunes, João Azpilcueta Navarro, Vicente Rodrigues, Antonio
Pires e Diogo Jácome) junto com “Tomé de Souza” e “Manuel da Nóbrega”;
-
Criado o primeiro “Governo Geral do Brasil” com “Tomé de Souza”;
1550 – Fundada na “aldeia de Upaon-Açu” (índios tupinambá)
a “cidade de Nazaré” (atual município de São Luís); mas logo abandonada devido
à resistência dos índios e à dificuldade de acesso à ilha;
-
Jesuíta “Leonardo Nunes” catequiza os índios na “Capitania de Ilhéus”;
-
Jesuíta “Diogo Jácome” catequiza os índios na “Capitania de Porto-seguro”
-
Novos “Jesuítas” chegam ao Brasil, junto com “Simão da Gama”.
–
Início da criação de gado;
-
Início da “Escravidão do Negro” no Brasil, primeiros barcos da África chegam em
Salvador;
-
Criação do “Aldeamento de Nazaré” (atual cidade de São Luís).
-
Jesuíta “Vicente Rodrigues” substitui “Leonardo Nunes” na “Capitania de
Ilhéus”;
-
Jesuíta “Leonardo Nunes” catequiza os índios na “Capitania de São Vincente”.
1552 – O primeiro Bispo Católico chega ao Brasil.
1553 – Chega ao Brasil o jesuíta “José de Anchieta” com
“Duarte Góis”;
-
Jesuítas inauguram colégio em “Salvador” fundando a “Província Brasileira da
Companhia de Jesus”.
1555 – Franceses criam a “França Antártica” na “Capitania
do Rio de Janeiro”;
-
“Companhia de Jesus” do Brasil composta por 26 jesuítas: 4 na Bahia, 2 em Porto
Seguro, 2 no Espirito Santo, 5 em São Vicente e, 13 em Piratininga.
ADMINISTRAÇÃO
FILIPINA FELIPE II (1556 - 1598)
1563 – Fundada a “Cidade de São Sebastião” (atual município
do “Rio de Janeiro”).
1567 – Franceses são expulsos da “Capitania do Rio de
Janeiro”;
-
Jesuíta “Leonardo do Vale”, “padre de Bragança”, professor no “Colégio da
Bahia” escreveu o “Vocabulário da Língua Tupí”.
1567 – Jesuíta “Inácio de Azevedo” vai catequizar na
“Capitania de Porto-seguro” (em 1854 beatificado como um dos “40 Mártires do
Brasil”).
1570 – Fim da “Escravidão do Índio” com assinatura da
“Carta Régia”.
1571 – Dom Sebastião decreta que somente navios portugueses
transportam mercadorias para o Brasil, para manter o monopólio português na
exploração e comércio do “Pau-Brasil do Brasil com a Europa.
1572 – D. Sebastião divide a administração da colônia em
dois governos gerais:
. 1.
Governo do Norte, com sede em Salvador (administrava as capitanias da Baía de
Todos os Santos até o Norte);
. 2.
Governo do Sul, com sede no Rio de Janeiro (administrava as capitanias de
Ilhéus até o Sul);
1580 – Início do domínio espanhol com a “União Ibérica” na
Europa;
–
Felipe II incentiva o avanço dos portugueses em direção ao Maranhão, ponto
estratégico devido proximidade a foz do Rio Amazonas (porta atlântica) acesso
às minas peruanas; Plano de defesa contra contrabandistas franceses de
pau-brasil, início da urbanização sistemática do Brasil com penetração e
conquista das áreas, da costa nordeste em direção à Amazônia (até 1640).
Instrumentos de ação político-administrativa da Coroa na organização da
produção e controle do território com os Donatários, através do sistema de
sesmaria, da fundação e aldeamentos.
1584 – Início da “Conquista da Paraíba”;
1585 – Fundação da “Capitania de Cananéia” na “Conquista da
Paraíba”;
1586 – União Ibérica não consegue expulsar os franceses da
Paraíba.
1596 – Ingleses fundam feitorias no delta do “rio
Amazonas”.
1597 – O capitão-mor da Capitania de Pernambuco, Manuel de
Mascarenhas Homem chega na foz do rio Potenji e ergueu o primeiro núcleo
defensivo “Fortaleza da Barra do Rio Grande” (atual município de Natal).
1599 – Fundação da “Capitania de Natal” na “Conquista da
Paraíba”;
SÉCULO
XVII:
1612 – Franceses invadem a região do Maranhão; Aguçados
pelo sucesso da atividade açucareira, comerciantes e nobres franceses contando
com incentivo do rei, tentam organizar uma colônia no Brasil “França
Equinocial”, em um vasto território não ocupado pelos portugueses (atual estado
do Maranhão)
-
“Daniel de La Touche” (Senhor de La Ravardière) constrói o “forte de Sainte
Louis” (Forte de São Luís do Maranhão, atual município de São Luís), em
homenagem ao rei da França “Luís IX” e ao rei “Luís XIII”, fundando a colônia
francesa “França Equinocial” no local do Maranhão (sonho francês de uma colônia
na região dos trópicos).
1614 – Devido ameaça de perderem parte da Colônia,
portugueses e espanhóis se unem para enfrentar os invasores “União ibérica”;
Iniciam a defesa a região do Maranhão e a exploração das drogas do sertão e
especiarias (políticas absolutistas em domínios lusitanos);
-
Portugueses com ajuda dos índios expulsam os franceses na “Batalha de
Guaxenduba” na “Baía de São José” no local do Maranhão;
1615 – 1618: Capitão-Mor FRANCISCO
CALDEIRA DE CASTELO BRANCO:
1615 – Governador-geral do Brasil “Gaspar de Souza”
substituiu “Jerônimo de Albuquerque” por “Alexandre de Moura”;
-
“Gaspar de Souza” cria a campanha militar Feliz Lusitânia, comandada pelo Capitão-Mor do Rio Grande do Norte “Francisco Castelo Caldeira Branco” para expulsar os europeus (franceses,
holandeses, ingleses) instalados no “Grão-Pará” e também p/ colonizar a Amazônia (Império das Amazonas), ;
-
“Jerônimo de Albuquerque”, “Alexandre de Moura” e “Francisco Caldeira Branco”
expulsam os franceses do Maranhão, após vários combates, acabando com a “França Equinocial”;
- “Jerônimo de Albuquerque” assume o
comando do “forte de Sainte Louis” no Maranhão;
-
“Alexandre de Moura” inicia a “Colonização da Amazônia”, após o conflito com
estrangeiros cria as seguintes conquistas subordinadas ao Capitão-Mor Jerônimo de
Albuquerque:
.
“Conquista do Pará” ou “Rio da Amazônia”,
.
“Conquista do Maranhão” e,
.
“Conquista de Cumã”;
-
Amazônia única região com domínio português consolidado. Ainda existem
conflitos nas demais conquistas (franceses, ingleses, indígenas);
-
Fundação de “Cabo Frio”.
1616 – Política filipina p/ garantir o monopólio ibérico envia “Castelo Branco” (lutou contra os franceses
no Maranhão) para realizar a “Conquista da foz do rio das Amazonas”;
- Castelo Branco inicia expedição dia 25 de dezembro partindo da Conquista do Maranhão,
entrando pela “baía do Guajará” (tupi "paraná-guaçu") na “Conquista do
Grão-Pará” desembarca na região indígena Mairi (dos tupinambás, atual município de Belém), localizado entre o “Igarapé do Piry” e o “rio Guamá” próximo a “Aldeia
dos Xucurus;
- Castelo Branco transforma a “Conquista do Grão-Pará” na
“Capitania do Grão-Pará”;
- Castelo Branco é nomeado capitão-mor da “Capitania do Grão-Pará”;
-
Engenheiro-mor “Francisco Frias Mesquita” constrói com a força indígena, um forte de madeira e paliçada à margem
leste da “baía do Guajará” na “Terra de Feliz Lusitânia" (atual município de Belém, nome em homenagem ao natal quando iniciou expedição em São Luís), o “Forte do Presépio” (chamado "Forte do Castelo do Senhor Santo Cristo do Presépio de Belém") por Bento Maciel Parente, primeira fortificação (portuguesa) da Amazônia para proteger a entrada da Amazônia contra holandeses e ingleses (local estratégico para combater qualquer investida);
-
Portugueses com os índios Tupinambás, construíram uma igreja e algumas
habitações, estabelecendo um núcleo colonial inicial de povoamento;
- “Terra de Feliz Lusitânia" é elevada a município com nome “Santa Maria de Belém
do Grão-Pará”;
-
Fundação de um “Posto Fiscal Alfandegário” na “aldeia Uruitá”
(tupi “terra de pedra de galinhas” índios Tupinambá, atual município de Vigia)
para proteger de contrabandistas as embarcações que abasteciam “Santa Maria de Belém”;
-
“Castelo Branco” transforma a “aldeia de Uruitá” na “Capitania de Vigia de
Nazaré”;
-
“Forte do Presépio” em “Santa Maria de Belém” destruído, reconstruído e
substituído por “Forte do Castelo do Senhor Santo Cristo”. Construção da
“capela de Nossa Senhora da Graça”.
1617 – Chegam na “Conquista do Grão-Pará” soldados e frades franciscanos (missionários “capuchos de Santo Antônio”)
da “Capitania de Pernambuco” e do Reino para: fortalecer o novo núcleo urbano
de “Santa Maria de Belém”, auxiliar os portugueses à expulsar os estrangeiros
(ingleses, holandeses) que construíam feitorias na região e, catequizar os índios
nativos.
-
Missionários capuchos constroem na “aldeia dos índios Una” em frente à “baía do
Guajará” um hospício e capela “Comissariado de Santo Antônio do Pará”;
-
“Aldeia Muruanazes” (atual Soure) elevada à categoria de Freguesia, com
denominação “Freguesia de Menino Deus”.
- Início da Revolta Tupinanbá contra a escravidão dos indígenas.
1618 - Capitão-Mor BALTASAR DE MELO;
-
Morre o Capitão-Mor do Maranhão “Jerônimo de Albuquerque”;
-
“Conquista do Maranhão” ganha título de “Governo Independente”.
1619 – Capitão-Mor JERÔNIMO FRAGOSO DE
ABUQUERQUE:
- No mês de fevereiro foi fundada a "Santa Casa de Misericórdia".
- Na
“Capitania do Grão-Pará” índios Tupinanbás se revoltam, porém são derrotados.
-
Capitão-Mor MATIAS DE ALBUQUERQUE.
-
Capitão-Mor CUSTÓDIO VALENTE.
- A povoação de colonização e o Forte do Castelo foram atacados pelas forças do chefe indígena Guaimiaba (do tupi: "cabelo de velha", devido a escravidão indígena.
1620 – 1622: Capitão-Mor
PEDRO TEIXEIRA:
1621 – Para assegurar a posse da região e desenvolver e economia
das “drogas do sertão” o “Rei Filipe III” da Espanha divide o
território da América Portuguesa em duas unidades administrativas autônomas:
. 1.
ao norte “Estado do Maranhão” (do “rio Oiapóque” ao “Cabo São Roque”,
capitanias: Grão-Pará, Maranhão e Ceará) com capital em “São
Luís”;
. 2.
ao sul o “Estado do Brasil” (abrangendo as demais capitanias)
com capital em Salvador.
-
“Conquista do Maranhão” e “Conquista do Grão-Pará” são transformadas em Capitania, subordinados ao “Estado do Maranhão”;
-
Criada a “Capitania do Cabo do Norte” (ou Cabo d’Orange, atual “Estado do
Amapá”), com limites ao norte no rio Oiapoque e ao sul no rio Paru.
- Forte do Castelo recebeu uma estrutura mais fortificada.
1622
– 1626: Capitão-Mor BENTO MACIEL PARENTE:
1622 – “Rei Felipe III” doa a “Capitania do Caeté”
para o ex-Governador do Brasil “Gaspar de Souza” em recompensa à expulsão dos
franceses da região (limites do “rio Turi-Açu” ao “rio Caeté”); em 1614 os
índios da região foram retirados para lutar contra franceses, a “Capitania do
Caeté” ficou quase abandonada sem colonos até 1634.
1623 – “Capitania do Cabo do Norte”
região ocupada por estrangeiros (holandeses, ingleses e franceses), Capitão-Mor
português solicita provisões para ocupar a região;
-
"Bento Maciel Parente" vira governador da "Capitania do Cabo
Norte" junto à foz do rio Maicuru (atual município de Monte Alegre).
1624 – Portugueses resistem a invasão holandesa na
Bahia;
- Em
"Santa Maria de Belém" colonos e soldados, com auxílio de indígena,
começam a abrir caminhos paralelos ao rio Guamá, primeiras ruas da cidade de
chão batido com construções rústicas de madeira cobertas de palha.
1625 – Construído em “Santa Maria de Belém” (sede das
capitânias) o posto de fiscalização e de tributos “Casa de Haver o Peso”
(atualmente a maior feira livre da América Latina); maior entreposto comercial
da região.
1626: Capitão-Mor MANUEL DE SOUZA D’EÇA.
-
Missionário “Carmelitas Calçados” chegam à “Santa Maria de Belém” e constroem
convento e igreja às margens do “rio Guamá” no final da “rua do Norte”
(primeira rua da cidade).
- Fundação do "Convento de Santo Antonio".
1627: Capitão-Mor LÚIS ARANHA DE VASCONCELOS.
PERÍODO
COLONIAL (1530~1822):
1630
– 1630: Capitão-Mor JÁCOME RAIMUNDO DE NORONHA.
1630 – Holandeses invadem Pernanbuco;
-
Colonizador “João Dias” inicia a expedição de colonização do Sul do Brasil.
1630: Capitão-Mor ANTÔNIO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE.
1633 – Capitão-Mor LUÍS DO REGO DE BARROS.
–
“Capitania de Camutá” (subordinada ao “Estado do Maranhão” e “Capitania do
Grão-Pará”) é doada ao donatário “Feliciano Coelho de Carvalho”, recompensa
após a perda de outra Capitania;
-
“Capitania de Gurupá” com Capitão-Mor “João de Melo Gusmão”, subordinada a
“Capitania do Pará” e ao “Estado do Maranhão”;
-
Conflito na “Capitania do Caeté” devido o Governador e Capitão Geral do “Estado
do Maranhão” “Francisco Coelho de Carvalho” (cavaleiro da Ordem de Cristo)
roubar os direitos do donatário “Álvaro de Souza” (herdeiro de “Gaspar de
Souza”) e doar a “Capitania do Caeté” para seu filho “Feliciano Coelho de Carvalho”,
que chegou a erigir a sede da capitania á margem do “rio Piriá” com o nome de
“povoado de Vera Cruz” (região próxima ao Maranhão). Então o donatário “Álvaro
de Souza” reclamou seus direitos ao “Rei D. Filipe IV de Portugal”, eu devolveu
a Capitania ao donatário “Álvaro de Souza”.
1634 – “Álvaro de Souza” com medo de perder novamente a
“Capitania do Caeté” abandonada pelo pai, criou a “Vila de Souza do Caeté”
(atual cidade de Bragança) às margens do “rio Caeté”. Então pediu ajuda ao Rei
para enviar colonos para a vila da Capitania.
1635 – “Feliciano Coelho de Carvalho” cria o “povoado de Santa
Cruz de Camutá” (atual cidade de Cametá), à margem esquerda do “rio Tocantins”
na “Capitania de Cametá”;
-
“Povoado de Santa Cruz de Camutá” elevada a categoria de Vila com nome “Vila de
Viçosa de Camutá”.
1636 – Capitão-Mor FRANCISCO DE AZEVEDO;
-
Jesuítas chegam na “ilha do Marajó” e no “rio Xingu”.
1637 – Capitão colonizador português “Pedro Teixeira” parte
do “Porto do Pirí” em “Santa Maria de Belém”, sobe o Amazonas pela primeira vez
até Quito (Equador);
-
“Capitania do Cabo do Norte” foi doada ao militar, desbravador e ex-Capitão-Mor
“Bento Maciel Parente”, em recompensa as defesas do território, descobrimento
dos rios e criação de fortes na “Capitania do Grão-Pará” na região de “Santa
Maria de Belém” e do Xingu;
-
Fundação de Tapuitapera (atual cidade de Alcântara);
- A
expedição do Capitão-mor da "Capitania do Grão-Pará e Cabo"
"Pedro Teixeira" escolhe o local do novo "Forte de Santo Antônio
dos Pauxis de Óbidos", à margem esquerda do "rio Amazonas" no
"estreito de Óbidos".
1638: Capitão-Mor FEICIANA DE SOUSA E MENESES.
1638: Capitão-Mor AIRES DE SOUSA CHICORRO.
1639
– 1640: Capitão-Mor MANUEL MADEIRA.
1639 – “Rei Felipe III” de Portugal faz distribuição de
capitanias do “Estado do Maranhão”;
-
Criada a “Capitania do Gurupá”;
-
“Capitania de Cametá” tem 40 léguas e formada apenas pela “Vila de Viçosa de
Camutá”;
-
“Capitania do Pará” tem 30 léguas entre o “rio Quatipurú” até o “rio Tocantins”
(formada pelas capitanias: “Capitania do Gurupá”, “Capitania do Cabo do Norte”,
“Capitania do Xingu”, “Capitania do Joanes”, “Capitania do Cametá”)
-
Capitão “Pedro Teixeira” retorna de Quito (Equador) e Portugal lhe concede a
posse de quase toda as terras da Amazônia; da margem esquerda do “rio Napo” ao
“Oceano Atlântico”;
-
Portugal faz primeira expedição na Amazônia com capitão “Pedro Teixeira”:
.
Garantir domínio da região do Grão-Pará;
.
Procura das “Drogas do Sertão” (canela, baunilha, cravo, urucu e cacau);
.
Vencer a resistência indígena e escravizar;
.
Criação de Feitorias e missões religiosas.
-
Padres Capuchinos (“Capuchos de Nossa Senhora da Piedade” ou “Capuchos de São
José”) instalam a “missão Maturá” na “Aldeia Maturú” (atual município de Porto
de Mós);
1640
– 1641: Capitão-Mor PEDRO TEIXEIRA:
1640 – Procuradores da “Capitania de São Vicente” expulsam
os jesuítas;
-
Termina o domínio espanhol no Brasil.
-
Fortalecimento da exploração de cacau, castanha e drogas do sertão (canela, baunilha, cravo,
anil, raízes aromáticas, urucum, salsa, óleos)
- Produção de arroz (na “zona
guajarina”), algodão (próximo a “Santa Maria de Belém”), cacau (na calha do
“rio Tocantins” próximo a “Capitania de Cametá”), tabaco (na “bacia do Acará”),
cana de açúcar (no “golfão marajoara”), pecuária (na “ilha do Marajó”).
- Fundação da igreja e "Convento de Nossa Senhora das
Mercês", pelos freis mercedários Pedro da La Cirne e João da Mercês (onde em 1796 D.
Francisco de Sousa Coutinho instalou a Alfândega).
1645 – Revolta dos luso-brasileiros de Pernambuco contra os
holandeses.
-
“Capitania de Vigia” é doada ao colonizador “Jorge Gomes de Alemó” para
desenvolvimento até 1654.
1648 – “Francisco Barreto” derrota os holandeses na
primeira “Batalha dos Guararapes”.
1653 – “Padre Antonio Vieira” desembarcou no “Porto do
Pirí” em “Santa Maria de Belém” para iniciar as “Lides Missionárias” ou
“Missões Jesuíticas Séc XVII” em defesa da libertação dos índios.
-
Padres jesuítas instalam a “missão de Aricuru” na “Aldeia Maricuru/Aricuru”
(atual município de Melgaço). Primeiras unidades agricultura de subsistência,
sistemas de
abastecimento auto-suficiente e coleta de drogas do sertão para exporta-
ção, com uso da força de trabalho indígena;
-
Padres jesuítas instalam a “missão de Arucurá” na “Aldeia Açuruni” (atual
município de Portel); O “Padre Antonio Vieira” migrou os “índios Nheengaíba”
(da “ilha do Marajó) para esta nova missão (Arucurá);
1654 – Inaugurado em “Santa Maria de Belém” a “Casa da
Alfândega” próximo ao “Porto do Pirí”;
-
Expulsão definitiva dos holandeses do Brasil;
-
“Rei Felipe III” muda o nome do “Estado do Maranhão” para “Estado do Maranhão e
Grão-Pará”:
.
Devido o progresso de “Santa Maria de Belém”;
.
Melhoria da administração da região;
.
Delimitações em 50 léguas de costa e capital mantida em “São Luís”, contudo
vários Governadores residiram em “Santa Maria de Belém”.
1655 – Nomeação do fidalgo André Vidal de Negreiros para governador da Província Maranhão e Grão-Pará (documento mais antigo no arquivo público de Belém), pois participou da insurreição pernambucana expulsando holandeses;
“Capitania do Ceará” subordinada a “Pernanbuco”;
-
Piauí subordinada ao “Estado do Brasil”.
- Provável data da elevação de Belém à categoria de cidade, conforme Ofício,
de 29 de abril de 1733 (existente no Arquivo Público do Pará).
1660 – Jesuítas fundaram a então "igreja de São Francisco Xavier" (atual "igreja de Santo Alexandre") em Belém.
1661 – Portugueses chegam na “Aldeia dos Tupaius” ou
“Tapajós” (atual município de Santarém) para impedir uma invasão inglesa na
região;
-
Padre “João Felipe Bettedorf” estabelece missão religiosa na “Aldeia dos
Tupaius”;
-
Holandeses assinam o “Tratado de Paz” com os portugueses e aceitam a perda da
colônia do Brasil;
-
Portugal autoriza o comércio dos ingleses no Brasil e nas Índias.
-
“Capitania do Maranhão” constituída por: “Capitania do Ceará”, “Capitania do
Itapicuru”, “Capitania do Mearim”, “Capitania do Icatu”, “Capitania do
Cumã/Tapuitapéra”, “Capitania do Gurupi/Caeté”, “Capitania da Vigia”.
- Primeira vereação da Câmara em Belém, constituída pelos
vereadores: Bernardino de Carvalho, Manoel Álvares da Cunha, Gaspar da Rocha Porto Carneiro, Braz da Silva e
Manoel Braz.
1662 – Capitão “Pedro Teixeira” chega na foz do “rio
Tapajós” (atual “baia de Alter-do-Chão” e município de Santarém) para expulsar
os estrangeiros.
1665 – “Capitania da Ilha Grande de Joanes” ligada ao
donatário “Antônio de Souza Macedo”, integrada a “Capitania do Pará” e
subordinada ao “Estado do Maranhão”.
1667 – Grande “Cultivo do Cacau” na região da “Aldeia dos
Tupaius”;
1669 – Devido ameaça francesa (Guiana Francesa) foram
iniciados a construção de 04 fortes para defender a Amazônia (Pauxis,
Paru, Tapajós, Barra), comandado por Capitão maranhense
"Francisco da Mota Falcão" e seu fio "Manoel da Mota e
Siqueira" e o Governador do Estado do Maranhão e Grão-Pará
"Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho"
.
Construção do “Forte de São José da Barra do Rio Negro”;
.
Construção do “Forte do Paru de Almeirim” (Forte de Almeirim 1808) na “Aldeira
de Paru” (futuro município de Almeirim) na margem esquerda da foz do rio
Jenipapo (rio Paru), próximo ao Forte do Desterro na margem direita da foz do
rio Uacarapy;
. Construção
do "Forte dos Tapajós de Santarém" na confluência do "rio
Tapajós" com a margem direita do "rio Amazonas" (atual município
de Santarém).
-
Rivalidade entre os jesuítas dos colégios (descimentos) e das missões
(aldeamentos),
1671 – Decreto libera a entrada de navios estrangeiros no
Brasil.
- Em
"Santa Maria de Belém" colonos intensificam a agricultura, com a
chegada de novos lavradores e índios (conhecedores da floresta e hábeis
navegadores foram os melhores aliados dos portugueses na conquista da
Amazônia);
- Em
"Santa Maria de Belém" também foi permitido o cruzamento dos
colonizadores com mulheres ameríndias ("Beneplácito da metrópole”, rápido
crescimento da população mestiça).
1674 – Explorador “Bandeira de Fernão Dias Paes Leme”
inicia expedição para o sertão da “Capitania de Minas Gerais”.
1682 – Criada a “Companhia de Comércio do Maranhão”.
1684 – Na “Capitania do Maranhão” inicia a “Revolta de
Beckman”.
1685 – A Coroa Portuguesa proíbe a produção de
manufaturas no Brasil;
1687 – Governador ”Francisco Coelho de Carvalho” pede a
concessão do tributo do “Porto do Piry”
1688 – Inaugurado em “Santa Maria de Belém” no “Porto do
Piry” a “Casa do Haver o Peso” (atual “Mercado de Peixe do Ver-o-Peso”) para
fiscalizar o despacho das drogas/especiarias da Conquista, V. Magte;
- Na
“Capitania do Cabo do Norte” construção do “forte de Santo Antonio de Macapá”
(atual município de Macapá) e fundação de povoações para defender as fronteiras
às margens do “rio Amazonas”, porém não conteve totalmente os ataques de
estrangeiros (“Capitania do Cabo do Norte” formado por: "Vila São José de
Macapá", "Vila Vistosa da Madre de Deus" e "Vila de
Mazagão").
1689 – Desembarcou no “Haver o Peso” (vindo das “missões
Omáguas” no
“Alto Amazonas”) o padre jesuíta “Samuel Fritz”, autor da carta geográfica da
Amazônia.
-
Missionários “Conceição da Beira e Minho” chegam a “Santa Maria de Belém” e
constroem o “Convento de São Boaventura” (atua “estaleiro Arsenal de Belém”),
batizando o “Largo do Arsenal de Marinha” de “Largo do Bagé”.
- Próximo ao igarapé do Piry surgiram as casas comerciais na então rua dos Mercadores (atual rua João Alfredo), que seguia paralela a baía do Guajará formando uma extensa praia (não existia as atuais ruas 15 de Novembro e Castilho França).
1693 – Fundação do “Comissariado da Piedade” no “Estado do
Maranhão e Grão-Pará”;
- Missão
dos padres capuchos de São José ou de Piedade (capuchinos) cria a “missão de
Gurupatuba” na “Aldeia de Gurupatuba” e “freguesia de São Francisco de Assis” (atual
município de Monte Alegre) na margem esquerda do “rio Gurupatuba”.
- O “povoado
de Vigia de Nazaré” é elevado a “Vila de Vigia”;
1694 – Inaugurada na Bahia a primeira “Casa da Moeda”;
-
Descoberta de ouro na “Capitania de Minas Gerais”.
1695 – Capitão “Pedro Teixeira” retorna a região do “rio
Tapajós” com os jesuítas para realização das missões de catequese dos índios
Tapaiuçus.
1697 – Capitão maranhense “Francisco da Mota Falcão” inicia
a construção do “Forte dos Tapajós de Santarém” na foz do “rio Tapajós” próximo
a “Aldeia dos Tupaius”;
- “Francisco de Mota Falcão”
inicia a construção do “Forte de Santo Antonio dos Pauxis de Óbidos” na “Aldeia
de Pauxis” (atual município de Óbidos), inicialmente chamado de "Presídio
dos Pauxis", com ajuda dos índios Pauxis, frades
franciscanos da Piedade e índios do rio Trombetas para a sua construção;
- O Capitão “Francisco da Mota Falcão” falece e o filho
“Manoel da Mota Siqueira” termina a construção dos fortes (Paru, Tapajos, Barra
e Pauxis).
- Forte
do rio Paru foi destruido pelo Governador da Guiana Francesa "Marquês de
Ferroles", confundindo-o com o "Forte do rio Bataboute".
1698 – A Vila de “Vigia de Nazaré” foi elevada a município.
SÉCULO
XVIII:
1701 – Piauí se reintegra ao “Estado do Maranhão e
Gráo-Pará”
1702 – Criada a “Intendência das Minas” com função de
distribuição de terras para exploração do ouro e cobrança de impostos reais.
1708 – Inicia a “Guerra dos Emboábas”.
1713 – “Tratado de Utreich” estabelece fronteiras: 1. Guiana
Francesa e Brasil no “rio Oiapoque” (ou rio Japoc/Vicente Pizón), 2. Suriname e
Brasil na “serra do Tumucumaque”.
1719 – Inaugurado em “Santa Maria de Belém” o “Convento
de São Francisco Xavier” (atual
“Igreja de Santo Alexandre” e “Museu de Arte Sacra”);
–
Inicio da construção da “Igreja da Madre de Deus” na Vila de Vigia, pelo padre
provincial jesuíta “José Lopes”, para ocupação territorial implementada por Portugal,
em parceria com a Companhia de Jesus.
-
Chegada de alguns escravos negros nas lavouras da "Capitania do
Grão-Pará", concentrada nas regiões do baixo e médio Amazonas, garantindo
a manutenção de “lavouras de gêneros exportáveis" em torno de "Santa
Maria de Belém", de: cana-de-açúcar, arroz, tabaco, algodão, cacau.
1720 – Construção das “Casas de Fundição”.
- Provedor da Fazenda Real no Pará, Francisco Galvão da Fonseca, comunica o soberano por carta, informando que o "Forte do Castelo" encontrava-se completamente arruinado.
1722 – Missões jesuítas na região do “rio Tapajós” na
“aldeia São José” ou “Matapus”;
-
Padres capuchinos (Capuchos da Piedade) criam a “missão de Pauxis” na “Aldeia
de Pauxis” (atual município de Óbidos).
- Padres capuchinos (Capuchos da
Providência ou de São Antônio) instalam a “missão Aruana” na “Aldeia dos
Aruanas” (atual município de Chaves).
1727 – Governador “Rodrigo César” funda Cuiabá.
1728 – Descoberta primeiros diamantes em “Serro Frio”
(atual Diamantina, “Capitania de Minas Gerais”).
- Sargento-mor Engenheiro Carlos Varjão Rolim, foi trazido de São Luiz para iniciar os trabalhos de reconstrução do "Forte do Castelo".
1730 – Padres capuchinos criam a “missão de Surubiú” na
“Aldeia de Surubiú” (atual município de Alenquer) para catequese dos índios
Baré ou Abaré.
1735 – Coroa portuguesa expulsa os missionários da
“Conceição da Beira e Minho” do “Convento de São Boaventura” em “Santa Maria de
Belém”;
-
Transporte antes comandados por religiosos, militares e alguns moradores,
passou para controle do Estado. Atenção dada ao escoamento da produção. foram
trazidos dois europeus: especialista na construção de navios, e; “maquinista”
para serrar madeira, para edificar um “estaleiro Arsenal de Belém” (1771) no
“Convento de São Boaventura”.
1737 – Missões jesuítas na região do “rio Tapajós” na
“aldeia de São Inácio” ou “Tupinanbaranas”, “aldeia de Borari” e “aldeia de
Arapiuns”;
-
Missionário jesuíta “Roque de Hunderfund” faz uma excursão de colonização na
região entre o “igarapé Panelas” e “igarapé Ambé” (atual município de Altamira).
Região com difícil acesso dificulta a colonização (ocorrida em 1880);
-
Início da ocupação portuguesa na “Capitania do Rio Grande do Sul” para criação
de gado.
1739 – Os jesuítas iniciam a construção da “Capela do
Senhor dos Passos” (atual “Igreja das Pedras” ou “Igreja do Bom Jesus”) na
“Vila de Vigia”, na margem do “rio Guajará-mirim” (uma das igrejas mais antigas
do estado);
1740 – Início da construção do “Palácio dos Governadores”
(atual “Palácio Lauro Sodré” e “Museu do Estado do Pará”) para ser a sede do
futuro “Estado do Grão-Pará e Maranhão”;
-
Coroa envia colonos açorianos para ajudar no processo de ocupação da região. As
comunidades edificadas de acordo com os códigos de construção vigentes (com
praças regulares e ruas retas e bem traçadas).
- Reforma
do "Forte dos Tapajós de Santarém" na confluência do rio
Tapajós com o rio Amazonas
1745
– “Forte do Paru de Almeirim” é
reconstruído e ampliado.
1749 – Em “Santa Maria de Belém” inicia a construção da “Catedral Metropolitana de Belém” ou
“Catedral da Sé”, a sede da Arquidiocese de Belém;
- Em “Santa Maria de Belém” no “Largo de São
José” (atual “Praça Amazonas”) os missionários “Capuchos da Piedade” constroem
o “Convento de São José” (atual “Pólo Joalheiro”);
- Desembarca no “Haver o Peso” o cientista
“Charlie Marie de La Condamine” para fazer
as primeiras medições da circunferência terrestre;
-
“Padre João Daniel” informa não haver feiras ou comércio na região do Estado,
não existe sistema organizado de trocas entre missões e moradores.
PERÍODO
POMBALINO OU ABSOLUTISMO (MARQUÊS DE POMBAL1750~1777):
1750 – Portugal ganha posse das terras de domínio espanhol
à oeste de “Tordesilhas” através do “Tratado de Madri”.
-
“Tratado de Madri” inicia a expansão territorial para o interior;
-
Criação do Grão-Pará e São Paulo, que posteriormente é dividido nos estados de
Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
-
Devido crise econômica em Portugal o rei “D. João I” nomeia o
“Primeiro-Ministro” do Reino, “Marquês de Pombal” ou “Conde de Oeiras”
“Sebastião José de Carvalho Melo” (meio irmão do “Governador do Estado do
Grão-Pará e Maranhão” “Francisco Xavier de Mendonça Furtado” (1750-1777)) para
aumento da exploração da “Colônia do Brasil” e crescimento econômico de
Portugual:
.
Ampliação do número de vilas e integração no projeto de aproveitamento das
potencialidades dos territórios inexplorados; Criação de novos povoamentos
destinados ao extrativismo e agricultura para produzir excedentes;
.
Indígenas (súditos ignorados pela Coroa) ganham papel importante na
transformação da colônia “projeto civilizador”; Índios dos povoamentos
transformados em súditos, começaram a pagar imposto para à Coroa sobre sua
produção.
.
Inicio da construção da “Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão”
em “Santa Maria de Belém”;
.
Transformação da estrutura missionária, são substituídos por diretores
(administração laica) tentando unir o extrativismo usual ao abastecimento do
contingente populacional;
.
Governador Capitão-General “Francisco Xavier de M. Furtado” (meio-irmão do
“Marquês de Pombal”) inicia a retirada dos jesuítas nas aldeias da “zona do
Tapajós”;
-
Problemas com o “Projeto Civilizador” entre o governador “Francisco Xavier de
Mendonça Furtado” e os colonos portugueses (missionários e laicos) que
tornaram-se bando de grosseiros gananciosos, de pouco valor como divulgadores
da civilização;
-
“Aldeia Tapajós” é elevada a Vila com nome de “Vila de Santarém”;
-
Padres capuchinos (Capuchos da Piedade ou de São José) instalam a “missão
Jamundá” na “Aldeia Jamundá de São João Batista” (atual município de Faro).
1751 – Ministro “Marquês de Pombal” muda o nome
do “Estado do Maranhão e Grão-Pará” muda para “Estado do
Grão-Pará e Maranhão”:
.
Capital foi transferida de “São Luís” para “Santa Maria de
Belém” (primeira capital da Amazônia);
-
Capitão-General “Francisco Xavier de Mendonça Furtado” inicia levantamento das
condições existentes da região para estabelecer novos núcleos urbanos.
-
“Palácio dos Governadores” vira sede do Estado do “Grão-Pará e Maranhão”;
- “Missão de Gurupatuba” elevada
a categoria de Freguesia com nome “Freguesia São Francisco de Assis”.
- “Missão de Arucurá” elevada a
categoria de Freguesia com nome “Freguesia de Arucurá”.
1753 – Capitão-General “Francisco Xavier de Mendonça
Furtado” escolheu a “Vila de Souza do Caeté” para ser um laboratório. Onde
seria erguida a primeira vila oficial com o nome de Bragança;
-
Capitão-General “Francisco Xavier de Mendonça Furtado” satisfeito com a
retomada da “Capitania do Caeté” comunica ao Rei, este envia o “Ouvidor Geral”
da “Capitania do Grão-Pará” para tomar posse da capitania (administração direta
da Coroa) e funda naquele sítio, importante próximo ao “oceano Atlântico”, a
Vila com o nome de “Vila de Bragança”, consolidando a dominação da “Capitania
do Grão-Pará”;
-
Capitão-General “Francisco Xavier de Mendonça Furtado” envia para a “Vila de
Bragança” trinta casais de açorianos que estavam em “Santa Maria de Belém”. A
existência de um aldeamento de indígenas disponibilizaria mão-de-obra
suplementar para agricultores e para o transporte de mercadorias nas canoas
indígenas para “Santa Maria de Belém”;
-
Capitão-General “Francisco Xavier de Mendonça Furtado” inicia a fundação da
escola em língua portuguesa para facilitar a comunicação entre índios e
europeus.
1754 – Em um mês várias derramas (cobrança de juros) feitas
na "vila Vistoza Madre de Deus", subordinada a "Vila
São José de Macapá". Comandante da vila declara ser impossível enviar a
quantidade solicitada devido os moradores estarem em condições miseráveis para
fabricá-la.
1755 – Ministro “Marquês de Pombal” expulsa os jesuítas da
província do Brasil para aumentar o controle político-econômico e ter posse das
terras da igreja. Os missionários foram acusados de criar na colônia uma
“república
autóctone”:
.
Fez a emancipação dos índios, assim estimulou a miscigenação indígena no país
(mestiçagem);
. A
emancipação e expulsão iniciam o declínio da economia das “drogas do sertão”,
desestruturação do sistema de produção e de abastecimento das missões, longa
estagnação econômica (até 1840 com o “Ciclo da borracha”);
.
Alternativa para crise das “drogas do sertão” foi direcionar
as bases produtivas para a agricultura, gêneros como: cacau manso, canela,
arroz e anil. Mão de obra: índios livres sob trabalho compulsório e africanos
sob trabalho escravo, porém ocorre demora para adequar-se na economia
camponesa;
-
Ministro “Marquês de Pombal” cria no “Estado do Grão-Pará e Maranhão” a
“Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão” para:
.
Aumentar exploração dos recursos;
.
Introduzir a mão-de-obra escrava negra a crédito;
.
Redistribuição da propriedade confiscada dos jesuítas;
.
Captar recursos por meio de vendas em hastas públicas;
.
Desenvolver a região norte através de doação aos moradores, impulsionar núcleos
de povoamento e desenvolvimento agrícola;
.
Controle de toda circulação de mercadoria, direta ou indiretamente por agentes
estatais.
.
“Ciclo do ouro” esta em crise, mas o Ministro aumenta impostos da produção em
“Minas Gerais” (Real Erário): quinto (20%), e; derrama (cobrança dos
atrasados), incentivando o movimento da “Inconfidência Mineira” (1789);
.
Ministro inicia a grande reforma educacional sobre influencia iluminista, antes
responsabilidade da igreja, criação das “Escolas Régias Leigas” sem controle da
igreja;
-
Criação do “distrito de Abaeté” anexado ao município de “Santa Maria de Belém”.
- Construção
da olaria na “Vila São José de Macapá” para fornecer materiais básicos para a
construção da “fortaleza de São José de Macapá” (1763);
-
Criada a “Capitania de São José do Rio Negro” (atual Amazonas) desmembrada da
“Capitania do Grão-Pará”, com capital na “Aldeia de Mariuá”
ainda subordinada ao “Estado do Grão-Pará e Maranhão”;
.
“Estado do Grão-Pará e Maranhão” formado por 4 capitanias: “Capitania do
Grão-Pará”, “Capitania do São José do Rio Negro”, “Capitania do Maranhão” e
“Capitania do Piauí”; cada capitania possui um Governador, subordinados ao
Governador-Geral e Capitão-Geral do Estado.
-
“Capitania do Porto-seguro” tem forte estagnação econômica e crise da
autoridade política.
1757 – Ministro “Marques de Pombal”:
.
Através do Governador “Francisco Xavier de Mendonça Furtado” cria o órgão “Diretório
dos Índios” ou “Diretório Pombalino” para
organizar os antigos aldeamentos do Pará e Maranhão; Emergiu dos conflitos
territoriais entre os espanhol e português, política que pretendia incorporar
os índios nas ações de ocupação e defesa dos territórios coloniais lusitanos,
transformação dos nativos em católicos feis e súditos leais à Portugal;
.
Designa o Capitão-General “Francisco Xavier de Mendonça Furtado” o projeto de
Civilização Indígena (1755-1760), missão de criar vilas com nomes europeus e
abolir os costumes indígenas no interior do estado;
.
Fim da “Escravidão Indígena”;
-
Governador “Francisco Xavier” transforma as seguintes aldeias em vilas:
.
“Aldeia dos Aruanas” elevada a Vila com nome “Vila de Chaves”;
.
“Aldeia Arapiuns” elevada a Vila com nome “Vila Franca”;
.
“Freguesia de Menino Deus” elevada a categoria de Vila com nome “Vila de
Soure”.
1758 – Governador “Francisco Xavier de Mendonça Furtado”
deixou Belém em direção ao rio Negro, para acertar os limites dos reinos de
Portugal e Espanha. E também transformar na “Capitania do Grão-Pará” as aldeias
importantes em vilas, rebatizando com nomes portugueses (projeto
de lusitanisar):
. Estabelece o governo na
“Capitania de São José do Rio Negro” (criado em 1755) com primeiro governador
“Mello e Póvoa” nomeado pelo rei;
.
“Aldeia de Mariuá” (capital da “Capitania de São José do Rio Negro”) elevada a
vila e rebatizada como “Vila Barcelos”;
.
“Aldeira de Paru” elevada a Vila com nome “Vila de Almeirim”;
.
“Aldeia de Surubiú” elevada a Vila com nome “Vila de Alenquer”;
.
“Aldeia São Inácio” elevada a Vila com nome “Vila de Boim”;
.
“Aldeia de Maricuru” (missão Aricuru) elevada a Vila com nome “Vila de
Melgaço”;
.
“Aldeia de Pauxis” (missão Pauxis) elevada a Vila com nome “Vila de Óbidos”;
.
“Aldeia Jamundá” (missão Jamundá) elevada a Vila com nome “Vila de Faro”;
.
“Aldeia São José” elevada a Vila com nome “Vila de Pinhel”;
.
“Aldeia Maturu” elevada a Vila com nome “Vila de Porto de Mós”;
.
“Aldeia dos Tupaius” ou “Tapajós” (“Forte dos Tapajós de Santarém”) elevada a
Vila com nome “Vila de Santarém”;
.
“Freguesia de São Francisco de Assis” (Gurupatuba) elevada a categoria de Vila
com nome “Vila de Monte Alegre”.
. “Freguesia de Arucurá”
elevada a categoria de Vila com nome “Vila de Portel”.
. Fundada a “Vila de Ourém”,
para consolidar a “Vila de Bragança”, na margem do “rio Guamá” onde havia uma
fortificação (1697), para ser entreposto e melhorar o escoamento da produção de
“Vila de Bragança” rumo a “Santa Maria de Belém”.
- “forte de Santo Antonio de
Macapá” elevado a categoria de Vila com nome “Vila São José de Macapá”;
-
Criação dos distritos “São Francisco Xavier de Barcarena” e “Igarapé-Miri”,
subordinados ao município de “Santa Maria de Belém”;
1759 – "D. José I" decreta a aplicação do Diretório
nas regiões do "Estado do Brasil", igual aplicado no "Estado do
Pará e Maranhão", para acelerar a implantação das reformas da nova
política indigenista, para apaziguar os conflitos coloniais e impulsionar a
incorporação forçada dos índios na sociedade colonial como católicos féis e
súditos leais;
- Ministro
“Marquês de Pombal”:
.
Cria a “Companhia Geral do Comércio de Pernambuco e Paraíba” para aumentar a
exploração dos recursos e desenvolver a região nordeste da colônia;
.
Extinção do sistema das “Capitanias Hereditárias”, com incorporação das terras
ao domínio Português, devido: incompetência de alguns donatários, falta de
recursos e, frequentes ataques de índios. As únicas que prosperaram foram as
“Capitania de Pernambuco” e “Capitania de São Vicente”.
-
Apesar de existir da “Companhia do Comércio do Grão-Pará” a “Vila de São José
de Macapá” teve dificuldades, produziu uma quantidade expressiva de melancias,
arroz, galinhas. Porem existe risco de perda por falta de transporte (canoas)
para Belém afetada pela distância e o Estado monopolizando o transporte. Dívida
dos produtores aumenta significativamente.
-
Problemas com mão de obra indígena:
.
Direcionamento de trabalhadores para a construção de grandes obras diminuiu o
número de trabalhadores na agricultura, e novas técnicas de cultivo não foram
viabilizadas;
.
Administradores acreditavam ser inesgotável a fonte de força de trabalho
indígena. Acúmulo de tarefas dos trabalhadores tornou incapaz a produção de
excedentes para satisfazer as necessidades de consumo interno;
.
Sem perspectiva de economia baseada em trocas internas mais intensas,
populações na “Capitania do Grão-Pará” estão no nível de consumo apenas de
sobrevivência, desproporção entre produção e consumo;
.
Devido economia amazônica fraca com produção insuficiente, período de aumento
de exportações agrícolas com o “Ciclo do Cacau”;
.
Alto custo da mão-de-obra escrava africana;
.
Escassez de mão-de-obra: inoperância burocrática, mortes por doenças epidemias,
mortes por má alimentação dos trabalhadores, condições insalubres dos lugares
de trabalho e de hospedagem, falta de remédios, alto controle de remédios nà
botica real onde medicamentos eram desconto do salaário dos trabalhadores.
-
Para diminuir a falta de mão-de-obra indígena, os índios destinados aos
serviços do padre na “Vila de São José de Macapá” são cedidos para o auxílio na
colheita nos povoados;
-
Construção da “Igreja de Pedras” na “Vila de Vigia” foi abandonada inacabada;
1760 – Dono de engenho de açúcar “Domingos da Costa
Bacelar” inaugura o “Palacete das Onze Janelas”;
-
Diretores dos povoados na região da “Vila de São José de Macapá” burlam ordens
dos administradores da Vila para ganhar certa autonomia administrativa e
organizar expedições obtendo 6% da produção como propina;
-
Administradores da “Vila de São José de Macapá” não resolvem problemas da falta
de mão-de-obra para a colheita da mandioca e a falta da farinha. Moradores
tentam solucionar, vão ao Portel e trocam panos de algodão por farinha. Então
Governador prendeu moradores por desobediência e contrabando de gêneros (comercio
ser feito apenas por agentes do Governo).
-
Colonização da “Capitania de Porto-seguro”, modelo alternativo de
administração, reinado josefino transforma em ouvidoria, subordinada ao governo
geral da Bahia, para fiscalização e centralização do poder. Integração da
região ao sistema colonial, transforma em polo produtor de gêneros alimentícios
para: abastecer os centros da colônia, dilatação da ocupação territorial,
expansão das atividades agrícolas/extrativistas, e construção de canais de
comunicação com Rio de Janeiro.
1761 – Portugal e Espanha anulam o “Tratado de Madri” com o
“Acordo do Pardo”;
-
Inauguração do “estaleiro Arsenal de Belém” em “Santa Maria de Belém”;
-
Para diminuir a crise da mão-de-obra e produção na região da “Vila de São José
de Macapá” foi permitido trocas internas. Assim moradores conseguem gado da
"ilha do Marajó" e criam currais em terras próprias para fornecimento
interno de carne e leite. O Estado então instalou açougues e armazéns reais
administrados por agentes;
-
Cerca de 33 moradores na região da “Vila de São José de Macapá” fizeram grande
produção de excedentes, os maiores produtores são os colonos dotados de
patentes militares, possuem grande mão de obra para a colheita. Enviaram à
cidade 722 alqueires de arroz, 113 arrobas de algodão, 10 arrobas de tabaco e
17 potes de azeite.
1762 – “Vila de Colares”;
-
Engenheiro “Henrique Antonio Galuccio” e “Henrique João Wilkens”, mais 36
índios, chegam a “Vila de São José de Macapá” para construção da “fortaleza de
São José de Macapá”;
-
Comandante da “Vila de São José de Macapá” "Luís Fagundes Machado"
indica aumento da farinha, porém produção agrícola continua carente de
mão-de-obra para a colheita. (farinha: Portel, Melgaço, Chaves, Vila de Franca,
Boim, Faro e Gurupá; Peixe seco: era levado de Chaves, Faro, Soure e do lugar
de Rebordello; Peixe fresco: Vila de Franca, Monforte, Soure e Salvaterra;
Manteiga e peixe-boi: Óbidos);
-
Contornar a baía de Marajó de canoa era perigoso, Soldados que transportam
alimentos de "Santa Maria de Belém" para “São José de Macapá” vão
através de furos, entrando pelo rio Moju em seguida o rio Guanapu, passando
pela vila de Sant’Anna do Igarapé Miri chegavam à baía de Marapatã (encontro do
"rio Tocantins" com "rio Pará"), atravessam a baía do Vieira,
a do
Meirinha
e a do Macapá (atualmente canal do Norte).
-
Devido a construção do forte, aumento na cobrado dos dízimos de várias vilas da
região da “Vila de São José de Macapá”;
- Sob
a orientação de Domingos Sambucetti reconstrução do "Forte dos Tapajós de
Santarém" na confluência do rio Tapajós com o rio Amazonas
1763 – Sede do governo-geral (capital) da colônia ou
(vice-reino d Brasil) muda de “salvador” para “Rio de Janeiro” devido
crescimento econômico da “Região Centro-Sul”;
1765 – Câmara de Belém envia novos grupos de índios e
negros para trabalhar nos canteiros da “Vila de São José de Macapá”, também
destinados à construção (alimentação, vestuário e remédios são debitados ao
Estado em forma de aluguel).
-
Grande afluxo de negros para a “Capitania do Grão-Pará”, influindo na cultura
regional (lúdica amazônica negra, festas religiosas como “São Tomé”, “Espírito
Santo”, “São Benedito”), especialmente na região do “rio Tocantins” e
“Capitania de Cametá”, área de economia agrária dominada por lavouras de cana e
cacau;
- Os
índios e negros na cidade, criação e manutenção de irmandades religiosas, como
da “Senhora do Rosário”.
-
Implantação do “Diretório dos Índios” no “Estado do Brasil” gera conflitos entre
autoridades coloniais e lideranças indígenas e conflitos entre colonos
lusobrasileiros e o poder metropolitano, que exige a elaboração de medidas de
flexibilização e adaptação da legislação indigenista de acordo com as regiões;
- “Vila
deMonte Alegre” dirigida pelo “tenente Manoel Lobo D'Almada”, inaugurou uma
grande olaria para fabricação de telhas e tijolos, com excelente cotação no
mercado de Belém e Macapá.
1766 – Proibição de trabalho de ourives e confecção de
sedas e algodão no Brasil.
1767 – Publicada a “Dedução Cronológica e Analítica” contra
os Jesuítas, outores “Marquês de Pombal” e “José Seabra da Silva”.
-
Bacharel "José Xavier Machado Monteiro" empossado ouvidor da
"Capitania de Porto-seguro" diz ao Rei que os índios da região eram
“dos mais torpes, ociosos e viciosos do Brasil”
1768 – Governo da “Capitania do Grão-Pará” compra o
“Palacete das Onze Janelas” e transforma em “Hospital Real”, reformado pelo
arquiteto bolonhês “José Antônio Landi”;
-
Construção da “fortaleza de São José de Macapá” próximo a “Vila
São José de Macapá” mantendo a função estratégica de defesa da região.
-
Padre “José Monteiro de Noronha” fez uma expedição ao sertão do “Estado do
Grão-Pará e Maranhão” passando pela “Vila de Colares” e “Vila de Pinhel”;
1771 – O major engenheiro alemão Gaspar Gerardo Gronfelts fez um projeto tentando aproveitar a existência do igarapé do Piri no plano de transformação urbanística de Belém. Ao invés de aterrar o extenso alagado, imaginou aproveitá-lo, em conjunto com os igarapés do Reduto e das Almas (atual Doca de Souza Franco), como três enormes entradas de água unindo os igarapés através de canais, que dariam a cidade características semelhante a Veneza (Itália). Porém o projeto não foi aceito pelo Conde dos Arcos, Governador da Província. Achou melhor aterrar o enorme igarapé, devido a existência de muitos carapanãs, diminuindo assim as doenças. O engenheiro João Rafael Nogueira aos poucos realizou o aterramento do grande igarapé, criando assim novas estradas: Bailique (atual Ferreira Cantão), Mongubeiras (atual Almirante Tamandaré), junto com os problemas de drenagem e alagamentos;
- O engenheiro Gronfelts também fez mais dois projetos sobre sistemas de fortaleza, uma muralha com comportas em torno do então bairro Cidade (atual Cidade Velha) iria defender a cidade de um possível ataque que viesse do centro do continente. No outro projeto a muralha seria em torno dos bairros Campina e Cidade.
1772 – “Estado do Grão-Pará e Maranhão” é dividido em duas
unidades administrativas:
1.
“Estado do Grão-Pará e Rio Negro”, com sede em “Santa Maria de Belém”,
2.
“Estado do Maranhão e Piauí”, com sede em “São Luís”;
-
Estagnação da economia na “Capitania do Grão-Pará” (até 1840 com o “Ciclo da
borracha”);
- Na
“Capitania do Grão-Pará” alguns conflitos armados contra domínio português.
-
Idioma falado na região norte era chamado de “Língua Geral” ou “Nheengatu”
(mistura da língua dos índios com língua dos portugueses) falado pelos
bandeirantes e ensinado pelos missionários.
-
Aumento no número de funcionários do “estaleiro Arsenal de Belém” para 283
trabalhadores, contratam-se livres e escravos para o corte de madeiras no “rio
Acará”. Porém não suficientes para resolver os problemas de Comércio debilidade
dos transportes na Amazônia colonial, que perduram por todo o século dezoito;
-
Nos sertões de Goiás o Governador "José de Almeida de Vasconcelos" e
o "Diretório dos Índios" fazem inovações na organização administrativa
da política indigenista, criação de um novo cargo com amplos poderes a um
administrador das povoações “Diretor Geral dos Índios”.
1773 – Fim da perseguição aos “Cristãos-Novos”;
1775 – Para centralizar o controle colonial, reunificação
dos Estados:
“Estado
do Grão-Pará e Rio Negro”, “Estado Maranhão e Piauí” e “Estado do Brasil” com
sede no “Rio de Janeiro” subordinado ao vice-rei do Brasil;
PERÍODO
VIRADEIRA MARIANA (D. MARIA I DE PORTUGUAL 1777~1807):
1777 – Morre “D. José I”, ascensão de “D. Maria I” ao trono
português;
–
Mudança radical na política e na administração lusa (viradeira);
–
Ministro “Marquês de Pombal” é afastado do governo, rumos da politica e
administração lusa sofrem mudanças, fase chamada “Viradeira”;
-
Governador do Maranhão proíbe que vassalos casem com índias ou seus
descendentes sejam chamados “caboclos” ou qualquer outro termo pejorativo.
1781 – Na “Região do Tapajós” o Governador “José de Nápoles
T. de Menezes” cria o “povoado de Aveiro”, onde foi erguida a “Freguesia de
Nossa Senhora da Conceição”;
-
Governador “José de Nápoles Telles de Menezes” cria o “Povoado de Alcobaça”
(atual Tucuruí), como posto fiscal e militar sobre navegações no “rio
Tocantins”; mas destruído em 1894;
-
Reforma do "Forte dos Tapajós de Santarém" na confluência
do rio Tapajós com o rio Amazonas, servindo de quartel para reprimir
levantes indígenas na região.
1783 – Desembarcou no “Porto do Pirí” o “Alexandre
Rodrigues Ferreira” para iniciar a primeira expedição científica
luso-brasileira na Amazônia (1784-1794), coleção zoológica, etnográfica e
iconográfica.
1785 – “D. Maria I” impõem restrições industriais.
1785 – “D. Maria I” impõem restrições industriais.
1789 – Inicia o movimento da “Inconfidência Mineira”,
primeiro movimento emancipacionista caracterizando a crise do Sistema Colonial;
- Inicia
a “Revolução Francesa”.
1791 – Capital da “Capitania de São José do Rio Negro” muda da
“Vila Barcelos” para “Lugar da Barra do Rio Negro” (atual município de
Manaus”).
1792 – Tiradentes é morto.
1793 – Criada em Belém a procissão “Círio de Nazaré” em devoção
a “Nossa Senhora de Nazaré” (atualmente maior procissão católica do Brasil).
1796 – D. Francisco de Sousa Coutinho instalou a Alfândega no "Convento de Nossa Senhora das Mercês".
1798 – Inicia a “Inconfidência Baiana” (Alfaiates)
movimento popular contra escravidão;
-
“Francisco de Melo Palheta” traz para o “Grão-Pará” as primeiras mudas de café
vindas de Cayena.
1799 – Capital da “Capitania de São José do Rio Negro” muda de
“Lugar da Barra do Rio Negro” e retorna para “Vila Barcelos”.
SÉCULO
XIX:
1803 – Governador “Dom Marcos de Noronha e Brito” (“Conde
dos Arcos”) completa em Belém o aterramento do igarapé do Piry (braço do rio Guamá que deságua na baía do Guajará), próximo a “Casa do Haver o
Peso”, para atender os avanços urbanísticos, e na foz foi construído a “Doca/Pedra do
Ver-o-Peso”:
.
Surgiram ruas ligando o centro aos arrabaldes paralelos ao Guamá e ao bairro de
Batista Campos e sua extensão para baixo (dentro da mata) ao lugar chamado
Jurunas (atual bairro do Jurunas);
.
Criação da “estrada das Mongubeiras” (atual Av. Almirante Tamandaré) ligando o
“largo do Bagé” (no “Arsenal de Marinha”) ao “largo da Pólvora” e à “estrada de
Nazaré”, acesso ao único caminho de saída da cidade;
.
Criação da “estrada de São José”, ligando em linha reta a “doca do Ver-o-Peso”
(centro) com o “Convento de São José” e “Largo de São José” na “travessa dos Jurunas”
ou “Boca do Jurunas” (atual “av. Roberto Camelier”), antes alcançado pelo
distante “caminho da Cruz das Almas”;
-
Sob a orientação de Coronel Teodósio Constantino de Chermont e de seu
comandante, Capitão Paulo José Vicente Pereira reforma do "Forte dos
Tapajós de Santarém" na confluência do rio Tapajós com o rio Amazonas
1806 – Capital da “Capitania de São José do Rio Negro” muda
novamente da “Vila de Barcelos” para “Lugar da Barra do Rio Negro”;
-
“Lugar da Barra do Rio Negro” elevada a categoria de vila com nome “Vila da
Barra do Rio Negro”.
PERÍODO
JOANINO (D. JOÃO VI DE PORTUGUAL 1808~1821):
1808 – Início do “Período Joaninho” (1808-1821) com a
chegada de “Dom João VI” na Bahia;
–
Abertura dos portos brasileiros às nações amigas e liberdade industrial;
–
Auge das “Expedições Naturalistas à Amazônia” por viajantes estrangeiros
(ingleses, alemães, franceses, italianos, estadunidenses e russos);
–
Enfraquecimento do “Pacto Colonial”, Brasil adere o capitalismo industrial
inglês, substituindo o colonialismo mercantilista português;
– Criação
da “Imprensa Régia”, publicação do primeiro jornal brasileiro;
– Criação das “Escolas de Medicina” no Rio de Janeiro e em Salvador
(primeiros cursos superiores no Brasil);
-
Inaugurado em Belém a “Doca do Ver-o-Peso” (atual “Pedra do Peixe”).
1809 – “D. João VI” nomeou o cametaense "Dom Romualdo
Antônio de Seixas" “cônego da sé paraense” e “cavaleiro da Ordem de
Cristo”.
1810 – Ingleses iniciam pressão para fim da escravidão
no Brasil..
1812 – “Aldeia de Itaituba” centro de exploração e
comércio de especiarias do “Alto Tapajós”.
1815 – Elevação do Brasil à categoria de “Reino
Unido”, agora chamado de “Reino Unido do Brasil, de Portugal e Algarves”;
1817 – Revolução Pernambucana, último movimento
emancipacionista contra domínio português;
1821 – O príncipe-regente torna-se “Rei D. João VI”,
submete-se à “Corte de Lisboa”, fim do absolutismo no Brasil;
- D.
João transformou as capitanias em províncias, inicialmente “Juntas Provisórias
de Governo” substituem os Governadores das Províncias, "Capitania do
Grão-Pará" vira "Província do Grão-Pará" ;
-
Corte portuguesa obriga “D. João VI” a retornar a Portugal, deixando o herdeiro
“D. Pedro” como príncipe-regente do Brasil;
-
Corte portuguesa exige o retorno de “Dom Pedro” a Portugal;
-
"Dom Romualdo Antônio de Seixas" é eleito presidente da "Junta
Governativa" da “Capitania de São José do Rio Negro”.
PERÍODO
PRIMEIRO REINADO (D. PEDRO I 1822 – 1831):
1821
– 1824: JUNTA GOVERNATIVA PARAENSE.
1821
– JUNTA GOVERNATIVA COM ROMUALDO ANTÔNIO DE SEIXAS
1822
– JUNTA GOVERNATIVA COM ANTÔNIO CORRÊA DE LACERDA
1822 – “D. Pedro I” não obedece às ordens da corte
portuguesa e permanece no Brasil, fato conhecido como “Dia do Fico”, acelerando
o processo da independência;
- D.
Pedro proclama a “Independência do Reino do Brasil”
-
“Capitania do Grão-Pará” vive período de incerteza, isolada do país, era a
parte mais ligada a Portugal:
1.
Viraria um país independente;
2.
Unia ao Reino do Brasil;
3.
Continuaria subordinada a Portugal;
-
Nas capitanias do Pará, Maranhão e Bahia os fiéis a Portugal iniciaram as
“Guerras da Independência”;
. Guerra
da independência, os mercenários comandados pelo “Lord Almirante Grenfell”
destituíram a Junta que governava (Antônio Corrêa De Lacerda);
. População
exige a formação de um governo popular chefiado pelo cônego João “Batista G.
Campos”;
. Lord
faz uma violenta repressão fuzilando e prendendo muitas pessoas;
. Próximo ao “Haver o Peso” o “Lord Almirante Grenfell” manda agentes do governo matar 300 contra a independência do Brasil, conhecido como tragédia do “navio
Brigue Palhaço”, exaltando mais os ânimos da população;
- Aclamação do príncipe D. Pedro como
“Imperador do Brasil”, chamado por “D. Pedro I”;
-
Fim do sistema colonial e divisão territorial das Sesmarias;
1823
– JUNTA GOVERNATIVA COM ROMUALDO ANTÔNIO DE SEIXAS
1823
– JUNTA GOVERNATIVA COM GERALDO JOSÉ DE ABREU
1823 - “Província do Grão-Pará” reconhece a independência e une-se ao
“Império do Brasil”, fato chamado “Adesão do Pará” proclamado por “D. Romualdo
Coelho”:
. A adesão a “D. Pedro I” foi
violentamente imposta administrados por juntas governativas;
. A independência não provoca mudanças
na estrutura econômica, continuam as péssimas condições da população, os
“cabanos” (índios destribalizados tapuios, índios aldeados, negros forros e
escravos e mestiços), usados como mão de obra de semiescravidão na exploração
das drogas do sertão;
- “Capitania de São José do Rio Negro”
se une ao “Império do Brasil”, ganhou uma “Junta Governativa Provisória” leal à
revolução, com presidente "D. Romualdo Antônio de Seixas", convidado
a enviar à Europa um representante para participar dos debates que definem o
futuro do Império lusitano;
1824 - Governador JOSE DE ARAÚJO ROZO
- A nova Constituição determina que o
novo Império brasileiro será dividido em províncias, assim o decreto transforma
a “Capitanias” em “Províncias” do Império português na América, garantindo
maior autonomia;
- Governo imperial inicia o processo de
rebaixamento da "Província do Rio Negro" para “Comarca do Alto
Amazonas” (1833)
- Início da “Guerra da Cisplatina”,
império contra Províncias Unidas do Rio da Prata (1828, atual Uruguai) aumenta
as despesas do Império.
- Ocorre na região da “Vila de Monte
Alegre” o primeiro grande movimento armado após a Independência, envolvendo as
vilas de Santarém e Monte Alegre. A Independência não agradou os nacionalistas,
pois a “Província do Pará” mesmo pertencente ao Brasil continuava sob ordem dos
portugueses.
- Os insurretos ocuparão Gurupá e
Prainha, posteriormente atacaram Monte Alegre e Alenquer. De Santarém saíram tropas para combater os insurretos, vencendo em Alenquer, mas debandaram em
Monte Alegre. Reforços foram à Monte Alegre, rendimento dos insurreto com promessa
de anistia, assinaram um termo de paz entre os povos de Monte Alegre e vila de
Santarém.
1825 - Governador JOSÉ
FÉLIX PEREIRA DE BURGOS.
-
Início da “Guerra da Cisplatina”, império contra Províncias Unidas do Rio da
Prata (1828, atual Uruguai) aumenta as despesas do Império.
1826 - Assembleia Constituinte retorna;
- Na
"Província do Rio Negro" o comércio, agricultura e indústria estão
morrendo devido: quase abandonada por falta de população (apenas índios
selvagens), isolamento territorial, cobiça dos governadores com monopólio do
comércio, prejuízo dos comerciantes da região;
-
“Deputado Geral” "Dom Romualdo Antônio de Seixas" (influente)
apresenta à "Câmara dos Deputados" o projeto de transformação da
“Comarca do Alto Amazonas” em província independente da “Província Grão-Pará”,
para vigilância das fronteiras, aumento da população e catequização dos índios
(mão-de-obra e mercado consumidor) e salvamento do comércio (1850); Adiado
devido gastos com a “Gerra da Cisplatina”;
-
Deputado "José Ricardo da Costa Aguiar de Andrada" (sobrinho de
"José Bonifácio") apresenta (junto com "Dom Romualdo Antônio de
Seixas", “Francisco Gonçalves Martins”, “João Bráulio Muniz”, “Manoel
Odorico Mendes”, “Manuel Teles da Silva Lobo”, “Raimundo José da Cunha Matos”,
e “Marcos Antônio Brício”) projeto pedindo ao governo envio de um naturalista e
engenheiro para levantamento da fauna e flora da "província do
Grão-Pará" e da “província do Maranhão”, para acelerar o desenvolvimento
da região, que sofre com o esquecimento do imperio; Mas foi embargado pelo
deputado “Nicolau Pereira de Campos Vergueiro”;
-
"Dom Romualdo Antônio de Seixas" é nomeado arcebispo da Bahia (cargo
mais alto da Igreja Católica no país), confirmada pelo papa Leão XII.
1828 - Governador PAULO
JOSÉ D SILVA GAMA.
-
Fim da Guerra da Cisplatina, paz negociada no Rio de Janeiro com intermediação
da Inglaterra: Criação da República Oriental do Uruguai na província
Cisplatina, livre navegação dos rios da bacia Platina para ingleses e
brasileiros, Brasil Perde o lucrativo "porto de Montevidéu" (entrada
do comércio da região platina) agravando crise financeira do Império.
1830: Governador JOSÉ
FÉLIX PEREIRA DE BURGOS.
1831 - Criação da “Guarda Nacional”;
- Governador
BERNARDO JOSÉ DA GAMA
1832: Governador JOSÉ
JOAQUIM MACHADO DE OLIVEIRA
- À época da Independência do Brasil, o forte foi desativado por um Aviso Ministerial, que extinguiu os Fortes, Fortins e pontos fortificados.
1833: Governador
BERNARDO LOBO DE SOUSA
– O forte desativado foi chamado apenas de Castelo de São Jorge, ou Forte do Castelo.
–
Extinta a “Vila de Soure”, território da vila anexado ao “município de
Monsarás” até 1859.
– “Poder Executivo” através do novo “Código do Processo Criminal” rebaixou a
"Província do Rio Negro" para comarca rebatizada de “Comarca do Alto
Amazonas”, subordinada à "Província do Grão-Pará", anulando a
autoridade de Junta Governativa Provisória; Poder Legislativo desativado desde
que "D. Pedro I" fechou a "Assembleia Constituinte".
1834 - Morre em Portugal D. Pedro I;
1835: Governador FÉLIX
ANTÔNIO CLEMENTES MALCHER.
1835 - Governador
FRANCISCO PEDRO VINAGRE.
- Governador
MANUEL JORGE RODRIGUES.
- Governador EDUARDO NOGUEIRA:
-
Início da “Regência Una” com o Regente “Padre Feijó”;
- Continuação
das “Guerras de Independência”: no Norte inicia a revolta popular “Cabanagem”
(1835-1840) liderada por “Antônio Vinagre”; no Sul a “Revolução Farroupilha”;
no nordeste a “Revolta do Malês”;
.
Almeirim foi invadida e quase totalmente destruída
.
Cabanagem chega em Belém no “Haver o Peso”:
.
Assassina o governador “Bernardo Lobo De Sousa” no “Palácio dos Governadores”;
.
Declara independência da província;
1836
– 1839: Governador FRANCISCO JOSÉ DE SOUSA
SOARES DE ANDRÉA
1836 – Devido o movimento da “Cabanagem” é criada o
“povoado de Brasília Legal” na margem esquerda do rio Tapajós para ser posto de
resistência;
-
Foi enviado um pequeno destacamento militar para a “Aldeia de Itaituba”
1837 – “Padre Feijó” renuncia à Regência e o regressista
“Araújo Lima” torna-se regente interino;
- Na
Bahia inicia a revolta “Sabinada” (tentativa de separatismo temporário);
– Governador BERNARDO DE SOUZA FRANCO.
- O
posto fiscal “Casa do Haver o Peso” (repartição do Ver o Peso) foi arrendado e
transformado em feira de peixe fresco.
PERÍODO
SEGUNDO REINADO (1840 – 1889):
1840 – Governador JOÃO ANTÔNIO DE MIRANDA
– Governador TRISTÃO PIO DOS SANTOS
– Durante a Cabanagem o Forte do Castelo foi ativado, utilizado como quartel-general pelos revoltosos, ficando quase em ruínas durante tiroteios com a armada do inglês John Taylor, contratado pela Regência para acabar a revolta.
– Fim da revolta “Cabanagem” (1835-1840);
- D.
Pedro de Alcântara tem antecipada sua maioridade e torna-se o segundo Imperador
do Brasil, chamado por “D. Pedro II”;
- Do
“Haver o Peso” primeiras exportação de borracha da Amazônia para fabricação de
pneus durante a Revolução Industrial Francesa;
- Do
“Haver o Peso” exportações da semente de seringueira para a Malásia (anos
depois causaria o declínio da borracha da Amazônia);
1841: Governador
BERNARDO DE SOUZA FRANCO.
1842: Governador
RODRIGO DE SOUZA DA SILVA PONTES.
1843: Governador JOSÉ
TOMÁS HENRIQUES:
–
Distrito de Igarapé-Miri foi elevado à categoria de município;
1844: Governador
MANUEL PARANHOS DA SILVA VELOSO
1845: Governador JOÃO
MARIA DE MORAES.
- Governador
MANUEL PARANHOS DA SILVA VELOSO.
1846: Governador JOÃO
MARIA DE MORAES.
- Governador
HERCULANO FERREIRA PENA.
1847: Governador JOÃO
MARIA DE MORAES.
–
Governador HERCULANO FERREIRA PENA.
-
Recriação da “Vila de Soure” com “município de Monsarás” subordinado a Vila.
-
Termino do arrendamento da feira de peixe “Casa do Haver o Peso”, foi demolida
e inicia o projeto do “Mercado Municipal” com “Mercado de Peixe” e “Mercado de
Carne” (ou “Mercado Bolonha”); Projeto de Henrique La Rocque em art nouveau.
1848: Governador JOÃO
MARIA DE MORAES.
-
Governador JERÔNIMO FRANCISCO COELHO:
–
Governo Imperial doa ao Governo do Grão-Pará 06 léguas de terras distantes de
Belém para ocupação do território.
1850: Governador JOÃO
MARIA DE MORAES.
– Governador
ANGELO CUSTÓDIO CORREIA.
– Governador
FAUSTO AUGUSTO DE AGUIAR:
–
“Comarca do Alto Amazonas” (Rio Negro) é desmembrada da “Província do
Grão-Pará” e transformada em Província e rebatizada como “Província do
Amazonas” e a “Província do Grão-Pará” é rebatizada como “Província do Pará”,
ambas integrantes ao “Estado do Grão-Pará e Rio Negro”.
– Lei de proibição do tráfico de escravos, aumentando a escassez de mão-de-obra
para a grande lavoura no “Estado do Grão-Pará e Rio Negro”.
– Após Cabanagem o Forte do Castelo foi reconstruído e ampliado até 1868, novos quartéis para tropa, Casa do Comandante, ponte sobre o fosso, portão, muralha de cantaria no lado do rio Guamá.
1852: Governador JOSÉ JOAQUIM DA CUNHA.
1853: Governador SEBASTIÃO DO REGO BARROS.
1854 - “Papa Pio IX” beatifica o jesuíta “Inácio de
Azevedo” com um dos “40 Màrtires do Brasil”.
1855: Governador ANGELO CUSTÓDIO CORREIA.
– Governador
MIGUEL ANTÔNIO PINTO GUIMARÃES:
–
Início de mais um símbolo do Círio de Nazaré; uso de corda para puxar a
berlinda na procissão do Círio de Nazaré, devido atolamento em frente ao
Ver-o-Peso. Atualmente fiéis pagam promessa na corda.
1856 – Itaituba é elevada a categoria de Vila.
1856: Governador
1857: Governador
1858: Governador
1858 – 1859: Governador
1866 – Fundado em Belém a “Associação Philomática” (futuro museu
Emílio Goeldi) com direção de “Domingos Soares Penna”;
1867 – Permitido a navegação internacional na “Bacia
do Amazonas”;
- Reforma
do "Forte dos Tapajós de Santarém" na confluência do rio Tapajós com
o rio Amazonas (1940).
1868 – Início da construção do “Palácio Antônio Lemos”, o
Palácio municipal (Embelezamento).
1869 – Início da construção em Belém do “Theatro da Paz”,
nomeado por bispo “D. Macedo Costa” (Embelezamento).
1870 – “Hospital Real” (antigo ”Palacete das Onze Janelas”)
foi transformado em “Quartel Militar”;
-
“Povoado de Alcobaça” é elevado a categoria de “Distrito de Alcobaça”
subordinado ao “município de Baião”;
-
Governo Provisório do Pará cria a “Freguesia de São Pedro de Pederneiras”
ligado ao “município de Baião” no “Alto Tocantins”.
1871 – Início da “Belle Époque” na
Amazônia com a grande produção de Látex, promovendo modernização
das cidades e avanços arquitetônicos;
– Governo
do Pará transforma a “Associação
Philomática” em “Museu Naturalista Paraense” (Museu Emílio Goeldi);
1875 – Propaganda da “Estrada de Ferro Belém Bragança”
(ferrovia EFB);
– Chegada
dos primeiros imigrantes para trabalho na ferrovia;
– Inauguração da “Colônia Nossa Sra. do Carmo de
Benevides" (antigo varredouro dos tupinambás) com imigrantes franceses.
Serviu de inspiração para as novas colônias na região;
-
“Freguesia de São Pedro de Pederneiras” é transformada em “Freguesia de São
Pedro de Alcobaça”.
1876 – Forte do Castelo é novamente desarmada por Aviso Ministerial, passando a abrigar o Arsenal de Guerra, antigo Trem de Guerra, até então alojado no edifício da Enfermaria Militar, ao lado do forte.
1877 – Início do “Ciclo da borracha” (ouro negro) na
Amazônia, incentivada pela Revolução Industrial inglesa; uso de mão-de-obra
nordestina deslocada devido a seca, 800 flagelados transferidos para a “colônia
de Benevides”;
–
Capitão “Valentim José Ferreira” e senhora Izabel foram morar em
Benevides. onde doavam remédios, sendo assim chamada de santa, dando origem ao
nome do “povoado Santa Izabel”;
1878 – Auge do “Ciclo da Borracha”;
–
Inaugurado em Belém o “Theatro da Paz” (Embelezamento);
– Forte do Castelo acolhe parte dos flagelados que fogem da seca na região Nordeste, voltando a exercer a ser hospital.
1880 – “Distrito de Abaeté” é elevado à categoria de “município
de Abaetetuba”;
- “Vila
de Gurupatuba” é elevada a categoria de “Cidade de Monte Alegre”, pertence à “Prelatura de Santarém”;
-
Início do povoamento da região do atual município de Altamira (1911). Com a
chegada de imigrantes de várias partes do mundo.
1883 – Inaugurado em Belém o “Bosque Rodrigues Alves”
(Embelezamento, inspirado no “Bosque de Bolonha” em Paris) formado por:
.
Monumento aos Intendentes;
.
Estátua dos legendários;
.
Guardiões da floresta Mapinguari e Curupira;
.
Quiosque chinês;
.
Chalé de ferro;
.
Gruta de Pedra-Sabão, e;
.
Portão monumental de entrada;
–
Inaugurado em Belém o “Palácio Municipal” ou “Palácio Antônio Lemos” ou
(Embelezamento);
– Início
da construção da “ferrovia EFB” (“Estrada de Ferro de Bragança”) sob direção do
Coronel “Antonio de Souza Leal”;
1884 - Inauguração do primeiro trecho da ferrovia EFB com
29 km entre Belém e Benevides;
–
Criação da parada da ferrovia na cidade de Ananindeua (tupi “terra
de árvores grandes” ananin) próximo a Belém;
1885 – Novo Governo da Província “Tristão de Alencar
Araripe” cria a “Colônia de Araripe” (atual Americano);
–
Ferrovia EFB é ampliada mais 29 km, chega no povoado de Itaqui (atual
Castanhal), com novas paradas na Vila de Apeú e Santa Izabel efetivando a
ocupação do território;
-
Eleito em Belém o Deputado Provincial “Antonio José de Lemos” do “Partido
Liberal” (ex-taifeiro da Marinha e dono do jornal “A Província do Pará”).
1888 – Em Belém ocorre a ampliação de 3.500 m da “ferrovia
EFB” da “Estação São Braz” à “Estação Central” (no “Jardim Público” na Av. 16
de Novembro);
–
Outra seca atinge o nordeste, 3.480 flagelados foram transferidos para a
“Colônia de Araripe” (atual Americano);
–
O norte-americano “Thomaz Kellmon” mudou-se para a Colônia de Araripe,
onde doava remédio contra malária; tornou-se referência, as pessoas diziam
"Vou ao americano” dando origem ao nome do “povoado de Americano”.
PERÍODO
REPÚBLICA VELHA OU PRIMEIRA REPÚBLICA (1889 – 1930):
1889 – Fim do período do Império com a “Proclamação da
República”; “Família Imperial” é banida, formado o “Governo Provisório”
comandado por “Deodoro de Mendonça”, inicia a “República da Espada”
(1889-1894):
.
Mudança da bandeira nacional;
.
Separação entre igreja e estado;
.
Criação do Registro Civil;
. As
“Províncias” são chamadas de “Estados”;
. As
Câmaras Municipais são extintas, e criadas Conselhos de Intendência;
-
Elege em Belém o Vereador “Antonio Lemos” do Partido Liberal e torna-se
“Presidente da Câmara Municipal”,
-
“Antonio Lemos”, “Presidente da Câmara Municipal”, empossou a “Junta
Governativa Paraense de 1889” com “Justo Chermont”, “José Maria do Nascimento”
e “José Fernando Júnior”.
1890 – Apogeu do “Ciclo da Borracha” e da Belle Époque
até 1911;
-
Criado o “Conselho de Intendência Municipal”;
-
Distrito de “São Domingos da Boa Vista” é elevado à município de “Boa Vista”;
-
Epidemia da doença febre amarela;
-
“Vila de Soure” elevada a categoria de Cidade;
-
Crise financeira criada pelo Ministro da Fazenda “Rui Barbosa”;
-
População do “Estado do Pará” formado por: 39% brancos, 34% mestiços, 20%
caboclos e, 7% negros.
1891 – Promulgada a primeira “Constituição da República”;
- “Congresso
Nacional” elege “Deodoro de Mendonça” “Presidente da República”;
-
Golpe de Estado, “Deodoro de Mendonça” abandona a presidência e assume
“Floriano Peixoto” (“Marechal de Ferro”).
1892 – Lutas sangrentas em “Boa Vista do Tocantins” (GO)
espalham a população para outros locais;
-
Colonização da “bacia do Itacaiúnas” (atual Marabá, do tupi “filho do
estrangeiro”) por chefes políticos fugindo da guerrilha em “Boa Vista do
Tocantins” (GO);
- O
goiano “Carlos Gomes Leitão” acompanhado de um grupo foge da guerrilha em “Boa
Vista do Tocantins” (GO) para a região da confluência do “rio Tocantins” com o
“rio Itacaiúnas”; após 1 ano de observação em um local à 10 km da confluência
inicia o “Burgo Agrícola de Itacaiúnas”, na margem esquerda do “rio Tocantins”;
1893 – Implantação da “Colônia de Castanhal” (tupi “lugar
com imensos pastos”) em Itaqui, rota dos boiadeiros com destino a Belém;
–
Auge do “Museu Naturalista Paraense”; governador “Lauro Sodré” indica o
naturalista suíço “Emílio August Goeldi” para diretor do museu, para
transformar em grande centro de pesquisa sobre a região amazônica;
– Na
região do “rio Araguaia” o goiano “Carlos Leitão” faz uma expedição em busca
dos “Campos Gerais” para criação de gado e encontra a residência do gaúcho
“Castilloa Ulei” na região do Tocantins-Araguaia-Itacaúnas;
-
“Carlos Leitão” durante as expedições descobre na floresta da região o látex
(borracha de caucho);
-
Inicia a “Revolução Federalista” no Sul do Brasil.
1894 – Fim da “República da Espada” e início da “República das
“Oligarquias” (1894-1930).
Criação
da estação da ferrovia EFB em Maracanã (rio Maracanã, no Pará);
-
“Carlos Gomes Leitão” vai à capital da “Província do Grão-Pará” solicitar ajuda
ao Presidente provinciano “José Paes de Carvalho” para colonização do sul do
Grão-Pará;
-
“Povoado de Alcobaça” é destruído por índios; reconstruído só em 1870.
1895 – Chegada da mão-de-obra imigrante ao “Burgo Agrícola
de Itacaiúnas” “Carlos Gomes Leitão” e os imigrantes iniciam a extração do
latéx;
-
Criação da “Colônia de Marapanim” e “Colônia de Jambu-Açu”;
-
Criação da estação da ferrovia EFB no povoado de Timboteua (lugar de cipó
trepador).
1897 – “Antônio Lemos” foi nomeado “Intendente Municipal” (1897-1911)
da capital Belém;
-
Intendente maranhense “Antonio Lemos” inicia o “Plano de Embelezamento”
da cidade de Belém (“París n’América” ou “Petit Paris”, forte ligação com
França) (1897-1911):
.
Atendendo aos gostos da nova elite local (seringalistas) e atrair
investimentos estrangeiros, transformando a cidade em novo centro financeiro e
turístico;
.
Reestruturação urbana e arquitetônica financiado pela comercialização do Latex
durante o “Ciclo da Borracha”, modernização inspirada na “Belle Époque
francesa” do arquiteto Haussmann criando a “Belle Époque Paraense” com os
arquitetos: “Nina Ribeiro”, “Francisco Bolonha”, “Palma Muniz”, “Filinto
Santoro”, “João Coelho”, “Lucio de Freitas do Amaral”, “Frederico Martin”,
“Domingos Acatauaçu Nunes”, “Miguel Ribeiro Lisboa” e “José Sidrim”;
.
Criado “Código de Conduta Municipal”, medidas que regravam a higiene e modos
urbanos;
. Retirada
dos cortiços do centro da cidade, fechamento de casas com alto nível de
poluição sonora e barraquinhas de lanche e ambulantes (foco de epidemias e
desordem);
.
Iniciou campanha de vacinação e coleta de lixo residencial;
.
Criação da empresa “Pará Eletric and Railway Company” (Belém primeira capital
com energia, tecnologias que sul e sudeste não possuíam) com
profissionais de ingleses de Londres;
.
Criação de praças e ruas largas com saneamento básico e iluminação pública;
.
Arborização da cidade, criando a “Cidade das Mangueiras” (importada da Índia);
.
Criação do serviço de transporte público com bondes elétricos.
.
Construção da “rua Boulevard da República” próximo ao caís do porto;
.
Expansão da cidade, construção do “bairro do Marco da Légua” projeto do
arquiteto “José Sidrim”; primeira légua de crescimento da cidade, criado para
demarcar o limite da cidade (com aumento populacional tornou-se o início da
expansão); nomes das ruas são referências as batalhas na “Guerra do Paraguai”
(Curuzú) e as avenidas referencia aos heróis de guerra (Almirante Barroso);
. Reforma
do “Bosque Rodrigues Alves” e “Horto Municipal”;
. Proibição
de construção de cortiços na “Av Tito Franco” (atual Almirante Barroso);
.
Criação de poços artesianos nos bairros; não existia abastecimento de água,
sendo vendida por aguadeiros nas residências.
-
Trabalhadores ingleses de Londres da “Pará Eletric Company” criaram o
“Pará Country Club” (atual “Pará Clube”);
-
Distrito de “São Francisco de Barcarena” é elevado à categoria de município com
nome “Município de Barcarena”;
- Comendador
“Antônio José de Pinho” inaugura em Belém o “Palacete Pinho”, residência e
centro cultural; Considerado um dos exemplares do apogeu econômico no Ciclo da
Borracha;
1898 – “Campos Sales” eleito “Presidente da República”,
idealizador da “Política do Café-com-Leite”;
-
Governo do Estado do Pará cria “Burgos Agrícolas” para desenvolvimento das
propriedades rurais, como o “Burgo de Santa Rita do Caranã” e “Burgo Granja
América”;
-
Destruição da fábrica de papel na “Gleba de Marituba” (tupi
“lugar abundante de marís”, extensão do núcleo de “Benevides”),
e entregue ao governo como pagamento de divida e repassada à ferrovia EFB para
construção da oficina mecânica ferroviária;
-
Maranhense “Francisco Coelho da Silva” cria o comércio “Casa Marabá” (em
homenagem ao poeta “Gonçalves Dias”) na “junção Tocantins-Itacaiúnas” (foz do
rio Itacaiúnas) para negociar com os extratores do látex;
1899 – Criação da “Colônia de Ianetama” (19 Km de
Castanhal);
-
Início da instalação da estrutura do “Mercado de Peixe” ou “Mercado de Ferro” (na
antiga feira de peixe do “Haver o Peso” que foi demolida) nas margens da “baía
do Guajará”, estrutura pré-fabricado em ferro importado da Inglaterra;
-
Ampliação do aterramento da “baía do Guajará”.
1900 – A “Vila de Itaituba” é elevada a categoria de município.
Posteriormente seu território foi desmembrado em 3 cidades: “Trairão”,
“Jacareacanga” e “Novo Progresso”;
-
Governador “Dr. Augusto Montenegro” conclui a Estrada de Ferro Bragança
(ferrovia EBB);
SÉCULO
XX:
1901 – Intendente “Antônio Lemos” (rival de “Paes de
Carvalho”) inaugura em Belém:
.
“Mercado de Peixe” (de Ferro em “art nouveau”) e do “Mercado Municipal de
Carne” (Bolonha) na “rua Boulevard da República” (complexo do “Ver-o-Peso”);
.
“Matadouro Público de Animais” para comercializar carne (atual “Curro Velho”);
.
“Forno Crematório” (no atual “bairro da Cremação”); o primeiro da “América
Latina”;
.
“Quartel dos Bombeiros”;
.
“Asilo de Mendicidade”;
.
“Bolsa de Valores” (demolida em 1914).
.
“Belém” centralizava as exportações da Amazônia durante o “Ciclo da Borracha”
respondendo por 40% das exportações do Brasil (metrópole perdida na selva),
igualando a “São Paulo” durante o “Ciclo do Café”;
–
“Colônia de Castanhal” é elevada a “Vila de Castanhal”, com ajuda dos
nordestinos Tenente “Alfredo Marqes”, Pompílio Jucá, Honório Bandeira, Miguel
Florêncio, Angelo Custódio, Joaquim Pismel, Eufrasino Andrade C. Pereira;
-
“Bairro do Jurunas” na cidade de Belém:
.
Mesmo com fornecimento precário de água (poços públicos) e iluminação, ruas
alagáveis e infra-estrutura mínima de transporte o bairro atraí vários
moradores, devido ter terrenos grandes e baratos (ricos constroem rocinhas e
imóveis afastados do centro) e motivações religiosas com novas paróquias;
.
Criada a “rua Honório José dos Santos” atrás do antigo convento (atual “Polo
Joalheiro”, primeira rua do bairro a receber o nome de personalidade local) com
extensão de 2,5 km chegando na “Bernardo Sayão”;
.
“Travessa dos Jurunas” é ocupada por moradores até à “rua Conceição” e
transformada em via urbana, instalação de um terminal de bonde ligando bairro
ao centro.19
1902 – Governador “Dr. Augusto Montenegro” para controlar a
produção divide a “Vila de Castanhal” em 08 colônias:
.
“José de Alencar” (atual centro da cidade);
.
“Anita Garibaldi” (na estrada Castanhal-Curuçá);
.
“Ianetama”;
.
“Iracema”;
.
“Inhangapy” (3 km de Castanhal)”;
.
“Antonio Baena”;
.
“Marapanim”, e;
.
“Santa Rosa”.
1903 – Criação da estação da “Ferrovia EFB” em “Anhanga”
(tupi “cidade de fantasma”, atual “São Francisco do Pará”) no Km 95;
–
Criação da estação na “Vila do Livramento” (entre São Luiz
e Timboteua);
– Início da construção da oficina mecânica da Ferrovia EFB na
“Gleba de Marituba”;
–
Governador “Dr. Augusto Montenegro” convoca imigrantes espanhóis para
desenvolver a agricultura local; mas tiveram problemas de adaptação com o
clima;
-
Revolta no “Acre” contra o país Bolívia, “Plácido de Castro” faz a
independência do Estado e depois é anexado ao Brasil.;
-
Intendente “Antônio Lemos” faz saneamento do “Bairro do Jurunas” em “Belém”,
após a “rua Conceição”, com derrubada da mata e aterramento da zona baixa em
direção ao “rio Guamá”, produzindo gradual e acentuado povoamento na região
(Plano de Embelezamento da Capital).
1904 – Criação da estação em “Igarapé-Açu” (tupi “caminho
de canoa”);
-
Intendente “Antônio Lemos” inaugura em Belém o “Colégio Gentil Bittencourt” com
o bispo “D. Manuel de Almeida de Carvalho”, fruto do “Ciclo da Borracha”;
prédio educacional mais antigo do Brasil em funcionamento;
-
Morre “Carlos Leitão” é fechado o “Burgo Agrícola de Itacaiúnas” e a
subprefeitura local é transferida para o pontal no “Povoado de Marabá” (com
1.500 habitantes);
-
Escritor “Euclídes da Cunha” visita Belém e fica maravilhado com a beleza da
nova Metrópole.
1905 – Intendente “Antônio Lemos” inaugura em Belém o
“Palacete Bolonha”; idealizado pelo engenheiro “Francisco Bolonha” para
presentear sua esposa “Alice Tem-Brink”;
-
“Território de Castanhal” foi incorporado ao município de “Belém”;
-
“Pereira Passos” inicia o “Plano de Embelezamento” da cidade de “Rio de
Janeiro”.
1906 – Criação do povoado de “Nova Timboteua” (tupi “lugar
de cipó trepador”) as margens da “ferrovia EFB” no Km 147;
-
Criação do Ramal do Pinheiro (atual Icoaraci);
-
Crise da superprodução do café.
1907 – Criação da “Vila de Marituba” e sua Estação
Ferroviária;
-
Criação da estação ferroviária em “Santa Izabel”;
-
Inauguração do trecho ferroviário da Vila de Peixe-Boi (Km 163) à Estação
Experimental;
-Governo Federal autoriza a empresa "Port of Pará" a instalar-se nas dependências do "Forte do Castelo", para promover reforma e reconstrução da muralha.
1908 – Início do declínio da extração da borracha na
Amazônia e estagnação de Belém (até 1960);
-
Criada a “Confederação Operária Brasileira”;
-
Chegam os primeiros imigrantes japoneses;
-
“Ferrovia EFB” expandida até a cidade de Bragança;
-
“Ferrovia EFB” expandida até Cachoeira (atual Mirasselva, 1ª estação na região
bragantina) no Km 21, pertencente ao núcleo de Capanema (tupi “terra azarada”
ou “pouca caça”);
-
Criação do “Assentamento de Tracuateua” (tupi “local cheio de tracuá”) e a
parada no Km 221;
- Governador
“Dr. Augusto Montenegro” fez a viajem de teste na ferrovia de Belém à Bragança;
-
Criação da estação “Raimundo Viana”;
-
Implantação do telégrafo paralelo a ferrovia EFB, com função de avisara
presença de passageiros nas estações;
-
Políticos em Marabá solicitam a anexação do município ao Estado de Goiás, mas o
Governo do Pará envia “Conceição do Araguaia” com policiais para cancelar o
anexo;
-
Instalação da “Comarca do Araguaia” em Marabá.
1909 – Iniciada em Belém a construção da “Basílica de
Nossa Senhora de Nazaré” pelo arcebispo “Dom Santino Maria
Coutinho”, às margens do “igarapé Murututu”; A única basílica da Amazônia
Brasileira;
-
Fim da “Política do Café-com-leite” com a morte do presidente “Afonso Pena”,
assume “Nilo Peçanha”.
1911 – Fim do “Plano de reestruturação urbana de Belém”
(embelezamento) criando a “Metrópole da Amazônia”;
-
Fim do apogeu da “Belle Époque”;
-
Emancipação do povoado elevado a categoria de município com nome “município de
Altamira”.
1910 – Criação dos ramais de Benfica e de “Benjamim Constant”
(Estação de Sapucaia);
1912 –
Inaugurado em Belém o luxuoso “Cinema Olympia” no
auge do cinema mudo, fruto do “Ciclo da Borracha”; o mais antigo do Brasil em
funcionamento;
- Em
Belém a elite local e adversários (simpatizantes do Governador “Lauro Sodré”)
retiraram o Intendente “Antonio Lemos” do cargo e expulsou para o Rio de
Janeiro (onde faleceu em 1913), devido a crise da borracha e diminuição do
orçamento municipal;
-
Quebra da economia gomífera.
1913 – Inaugurado o “Parque da Residência” para ser
moradia do governador “Enéas Martins” até 1917;
-
Inaugurado em Belém a loja “Paris n'América” pelo português “Francisco de
Castro”, inspirado na “Galeria Lafayette” de Paris, fruto do “Ciclo da
Borracha”; O Material importado da França para revenda em Belém (rouparia,
perfumaria, maquilagens);
-
Governador “Dr Enéas Martins” eleva “Marabá” a categoria de município,
designando o capitão “Pedro Peres Fntenelle” para comando do município.
1914 – Primeiro “Intendente” eleito com voto, coronel
“Antonio da Rocha Maia”;
-
Governador “João Coelho” destrói a “Bolsa de Valores” e constrói no local a
“Praça do Relógio”.
1915 – Anarquistas organizam o “Congresso Nacional da Paz”
contra a “1ª Guerra Mundial”.
1917 – Navios alemães atacam navios brasileiros, assim
Brasil entra na “1ª Guerra Mundial”.
1918 – “Rodrigues Alves” é eleito presidente.
1920 – Fim do “Ciclo da Borracha”, devido a Ásia torna-se o
maior produtor de borracha;
-
Inicio da desvalorização do caucho (latéx) e início da exploração em massa da
“castanha do Pará” na região de Marabá;
-
Criado no “bairro do Jurunas”, na cidade de Belém, o parque de danças do boi
"Pai do Campo" (mais famoso do bairro).
- "Forte do Castelo" volta a ser administrado pelo Exército após reforma da empresa "Port of Pará".
1921 – Eleito o Intendente “João Anastácio de Queiroz”.
1922 – Extinto o “município de Araguaia” virando
“Território do Araguaia”.
1923 – Marabá é elevado a categoria de cidade.
1925 – Fundada a “Associação Marabaense de Letras”;
-
“Território do Araguaia” é anexado a cidade de Marabá.
1927 – Marabá torna-se o maior produtor de “Castanha do
Pará” da região do Tocantins.
1929 – Instalado no “bairro do Jurunas”, na cidade de
Belém, a subestação da "Rádio Clube do Pará" (primeira rádio de
Belém).
PERÍODO
ERA VARGAS (1930 – 1945):
1930 – União dos distritos de “Igarapé-Miri” e “Mojú” para constituir
o “município de Igarapé-Miri”;
- “Município
Prainha” foi extinto e anexado ao “município de Monte Alegre”;
-
Presidente “Getúlio Vargas” e o Ministro “Juarez Távora” (Ministro da
Aviação e líder da revolução nacional) designou “Magalhães Barata” para
“Interventor Federal do Pará”.
1931 – “Distrito de Santa Isabel” é elevado à
categoria de município;
-
Inaugurado em Marabá o “Mercado Municipal”;
1932 – “Distrito de Acará” é elevado à
categoria de município;
-
“Distrito de Castanhal” é elevado à categoria de município.
1934 – Parque da Residência vira residência
oficial dos governadores do Estado do Pará, teve como primeiro morador
Magalhães Barata;
-
Início da construção do Aeroporto Internacional de Val-de-Cans em Belém, a
mando do general “Eurico Gaspar Dutra” (diretor da Aviação Militar) e
construção por “Diretoria de Aeronáutica Civil” (Ministério da Viação e Obras
Públicas).
1935 – “Distrito de Conceição do Araguaia” é desmembra do “município
de Belém” e elevado à categoria de “município de Conceição”;
- “Distrito
de Portel” foi restaurado para “município
de Portel, desanexado do “município de Monte Alegre”;
-
Inauguração do aeroporto de Marabá;
- No
“bairro do Jurunas”, na cidade de Belém, construção da "paróquia de Santa
Terezinha do Menino Jesus" no "parque do boi Pai do Campo"
1938 – “Distrito de Ananindeua” torna-se sede distrital
subordinado ao “município de Santa Isabel do Pará” (SIP).
1940 – Inicia o segundo “Ciclo da Borracha” (o
Novo Eldorado) incentivada pela Segunda Guerra Mundial; O Presidente “Getúlio
Vargas” faz acordo com Estados Unidos, Brasil importa tecnologia em troca da
borracha;
-
“Getúlio Vargas” preocupado com as fronteiras e a internacionalização
da Amazônia cria o projeto “Novo
Eldorado” comando pelo suíço “Jean-Pierre Chabloz” que recruta mão-de-obra
nordestina para os seringais da Amazônia;
- No
“bairro do Jurunas”, na cidade de Belém, construção de dique de concreto para
conter as águas do rio e criação da "estrada Nova" (atual Av Bernardo
Sayão); Que foi ocupada por palafitas de madeira por migrantes recém-chegados e
moradores mais antigos sem residência fixa; Grande movimento de comercio na
madrugada com criação de vários portos.
1943 - Criação do Território Federal do Amapá, em área
desmembrada do Estado do Pará;
-
“Distrito de Barcarena” é elevado a município;
-
União dos distritos: Ananindeua, Benfica e Engenho Araci formando o novo
“município de Ananindeua” (atividades de extração de argila e areia);
-
Mudança do nome do “Distrito de Pinheiro” para “Distrito de Icoraci”;
-
“Distrito de Alcobaça” é chamado de “Distrito de Tucuruí”.
1945 – Prefeito “Jorge Corrêa” e o interventor do Pará
“Joaquim de Magalhães C. Barata” Inauguram o “Mercado de Peixe” ou “Mercado
Municipal” em “Vigia de Nazaré”.
1947 – “Distrito de Itupiranga” é desmembrado de Marabá e
elevado a categoria de município;
-
“Distrito de Tucuruí” é desmembrado de Baião e elevado a categoria de
município.
1948 – É criado o “Distrito de Remansão” subordinado ao
“município de Tucuruí”.
1952 – Belém ocupado todos os
terrenos firmes sem alagamentos da 1ª Légua patrimonial nos bairros do Marco e Souza;
Inicio da expansão da cidade com a construção de conjuntos habitacionais,
assentamentos populacionais como Cidade Nova na Rodovia BR-316 e Nova Marambaia ou
Gleba I na Rodovia Augusto Montenegro, inspirado no plano de expansão de
Barcelona.
- A expansão
em áreas alagadas da cidade, típicas várzeas amazônicas, foram evitadas por
décadas, pois requeriam grandes recursos de macrodrenagens. Mas na 1ª Légua
patrimonial a elite urbana, eram proprietárias de grande parte das áreas desde
o século XVIII, arrendam pedaços de terras para a produção agropastoril em
pequenas propriedades chamadas “vacarias” (leite, hortaliças, pequenos
animais);
-
Abastecimento de Belém com gêneros alimentícios de primeira necessidade era
garantido pelos municípios da estrada de Ferro Belém-Bragança (EFB), que ligava
a capital ao litoral entre 1908 à 1957.
1957 – Presidente “Juscelino Kubitchcheck” através do “Plano de
Metas” incorporou a ferrovia "Estrada de Ferro de Bragança" na
"Rede Rodoviária Nacional".
1960 – Belém
tem crescimento populacional estagnado entre o 1908 (declínio da borracha) à
1960, assim outras cidades ribeirinhas apoiaram-se em ciclos próprios, como o
da juta em Santarém, ou o do caucho e da castanha-do-pará em Marabá. Mas Belém
manteve sua proeminência na rede urbana da região, em função da posição
estratégica, estrutura portuária construído no período de auge da exploração
gomífera e infraestrutura urbana para a elite;
- Presidente
“Francisco Caldeira de Castelo Branco” (colonizador do império das amazonas) preocupado com as fronteiras e a internacionalização
da Amazônia cria o projeto
“Integrar para não Entregar” e “Projeto Integrado de Colonização” (PIC-INCRA);
-
Redescoberta do Pará; presidente Juscelino Kubitschek Início a construção da
Rodovia BR-010 (Belém-Brasília);
-
Inauguração das primeiras estradas rodoviárias, como a Rodovia BR-316;
-
Início da desativação da ferrovia EFB (com o Plano de Extinção de Transportes)
devido diminuição de faturamento com a criação das rodovias;
. Na
cidade de Belém no “bairro do Jurunas” a “rua Bernardo Sayão” vira local de
estabelecimento e circulação de ribeirinhos próximos a Belém; migrantes da
localidades no “rio Guamá”, “rio Tocantins”, “rio Pará” e “baía do Marajó”;
.
Criação do “Porto do Açaí”; Grande aumento populacional no bairro passando de
15.000 para 30.000 habitantes 100%;
-
Benevides é desmembrada e elevada a categoria de município;
-
Inicio da construção da infra-estrutura de acesso ao distrito de Icoaraci, e do
Conjunto Nova Marambaia.
1961 – Os distritos de “São João do Araguaia” e de
“Jacundá” são elevados a categoria de município;
-
Vila de “Breu Branco” (resina branca semelhante ao breu) é criada através da
doação de casas da empresa Eletronorte.
- Os
distritos de Candeixa, Joanes e Salvaterra são desmembrados da “Cidade de
Soure”; “Distrito de Salvaterra” e elevado a categoria de município, sendo
formado pelos distritos: Candeixa, Joanes e Salvaterra;
-
Criado o “distrito de Pesqueiro” subordinado a “Cidade de Soure”.
PERÍODO
DITADURA MILITAR (1964 – 1985):
1964 – Todas as cidades dependentes da ferrovia para
escoar produtos, abriram estradas até a BR-316;
- Em
vingança pelo ocorrido em 1930, o Ministro dos Transportes “Juarez
Távora” ordenou a destruição de todas as locomotivas da
ferrovia e das principais estações no Pará, restando apenas as paradas nas
vilas. Os trilhos foram retirados e devolvidos a Fortaleza;
-
Interventor Alacid Nunes destrói a Estação Ferroviária de São Brás e constrói a
Estação Rodoviária de Belém;
- No
“bairro do Jurunas”, na cidade de Belém, a "travessa dos Jurunas"
muda de nome para "Roberto Camelier", um dos fundadores da "Rádio
Clube do Pará", que residia em frente ao "largo de São José";
-
Colonização da Amazônia ("celeiro agrícola da nação") com lema
"terras sem homens para homens sem terra".
1966 – Início da exploração de minérios na “Serra dos
Carajás”.
1968 – Inauguração do conjunto habitacional "Nova Marambaia" ou
"Gleba I", parcialmente construído, com apenas 834 casas das 2.500
previstas;
-
Início do debate sobre a necessidade de incorporar elementos de
sustentabilidade ao desenvolvimento econômico.
1969 – Inaugurada a “rodovia PA-70” ligando Marabá a
“rodovia BR-010”;
1970 – Inicia o desmatamento na Amazônia com o “Ciclo da
Soja”;
-
Marabá é transformada em “Área de Segurança Nacional” até 1985;
-
Governo de Alacid Nunes, preocupado em diminuir o problema das habitações
precárias, iniciou edificação de núcleos de residência dignos para os
necessitados, gerando empregos, viabilizando o desenvolvimento regional através
do banco BNH, sistema SFB e da companhia COHAB.
1972 – Inaugurada a Rodovia Transamazônica (integrar para não entregar);
- Inicia o conflito
“Guerrilha do Araguaia” na região de Marabá até 1975.
1973 – Início da construção da “Hidroelétrica de Tucuruí”;
-
Restos mortais do ex-intendente “Antonio Lemos” foi transferido do Rio de
Janiero para Belém e colocado em mausoléu na Prefeitura “Palácio Antonio
Lemos”;
-
Região Metropolitana de Belém (RMB) instituída pela Lei Complementar Federal.
1974 – Inauguração da Rodovia Belém-Brasília (integrar para não entregar);
1977 – IPHAN faz o transformou em patrimônio
histórico o “Complexo do Ver-o-Peso” (Boulevard Castilho França, Mercado de
Peixe, Mercado de Carne, Casario Solar da Beira, Praça do Velames, Palacete
Bolonha, Praça do Relógio, Praça Dom Pedro II, Doca do Ver-o-Peso, Feira do
Açai e a Ladeira do Castelo);
1980 – Grande enchente em Marabá;
-
Descoberta de ouro e início do garimpo “Serra Pelada”.
1983 – Criado o distrito de Outeiro,
constituído das Ilhas de Caratateua e Santa Cruz;
-
Desativado o “Forno Crematório” no “bairro da Cremação”, na cidade de Belém, e
transformado em praça.
1984 – Inaugurada a “Estrada de Ferro Carajás”;
- Criada a “Casa da Cultura
de Marabá”.
1985 – Governador “Almir Gabriel” reforma o “Mercado de Ferro” no
“Complexo do Ver-o-Peso”;
- Construção da “Praça dos
Velames” no “Complexo do Ver-o-Peso”;
- “Solar da Beira” no
“Complexo do Ver-o-Peso” foi reformado e transformado em restaurante e espaço
cultural.
PERÍODO
PRESIDENCIAL (1985 – ATUALMENTE):
1988 – Belém recebe a visita
da família imperial japonesa, durante as celebrações pelos 80 anos da imigração
japonesa no Brasil;
– Marabá é reconstruída após
enchente e início da implantação das industrias siderúrgicas, visando
desenvolver o município;
- Os “Distritos de
Curionópolis” e “Distrito de Parauapebas” são desmembrados de Marabá;
- Inicia as construções em
Marabá das industrias siderúrgicas de ferro-gusa (Distrito Industrial de
Marabá);
- Povoado de “Concórdia do
Pará” foi elevado a categoria de município e distrito, desmembrando de Bujarú.
1990 – Início da pecuária na Amazônia e agravamento do
desmatamento (1990 até 2003);
1991 – Vila de “Breu Branco” é elevada a categoria de
município, desmembrada de Tucuruí;
1994 – Marituba é desmembrada e elevada a Município;
1995 – Aumento da Região Metropolitana de Belém (RMB)
(1973).
1998 – Com a inauguração das siderúrgicas em Marabá a
população explode para 150 mil habitantes.
1999 – Marabá vira sede de grandes eventos.
2000 – Inauguração do complexo turístico “Estação das
Docas”, antes era parte do Porto de Belém. O complexo turístico e cultural congrega
diversos ambientes, entre eles: gastronomia, cultura, moda e eventos;
-
“3º Jogos Indígenas” na “Praia de Tucunaré” em Marabá.
SÉCULO
XXI:
2001 – Governo do Pará e Exército Brasileiro transformam o
“Quartel das Onze Janelas” e o “Forte do Presépio” em pontos turísticos
integrados ao “Complexo Feliz Lusitânia". O Palacete das Onze Janelas
abriga o museu e restaurante “Boteco das Onze”;
-
Realizado em Marabá o “FECAM das Artes”.
2002 – Inaugurada em Marabá a “Aldeia da Cultura”.
2003 – Governo Federal doa 81 milhões de hectares de terras
federais para assentamentos de reforma agrária, preservação ambiental e
projetos indígenas (doação até 2009);
- Inaugurada a “Orla de Tocantins”.
2007 – “1ª Conferencia Intermunicipal de Cultura do Carajás”.
2008 – O “Mercado Municipal” de Marabá é transformado em
“Biblioteca Municipal Orlando Lobo”;
- O
“Mercado do Ver-o-Peso” ganhou o título de uma das “7 Maravilhas Brasileiras”;
-
Crise mundial afeta desempenho do “Distrito Industrial de Marabá”;
-
Fundada a “Academia de Letras do Sul e Sudeste Paraense” (ALSSP).
2010 –
Lançamento do filme “Ver-o-Peso”, produto do “Inventário de Referências
Culturais do Ver-o-Peso”.
- Aumento da Região Metropolitana de Belém (RMB) (1973).
2015 – Belém recebe a segunda visita da família imperial japonesa
para comemoração de 120 anos da Assinatura do Tratado de Amizade, Comércio e
Navegação entre o Japão e o Brasil;
Fontes: Abastecimento no
século XVIII no Grão Pará, Bairro do Jurunas à
beira do Rio Guamá, Arquivo ultramarino de Lisboa, Capitânia do
Grão-Pará, Capitania do
Maranhão, Belle époque amazônica, Cronológia que marcaram a História do Brasil, Construção da
nação, Pará, Belém,
histórico, Cronologia da administração colonial, Cronologia dos franciscana no Brasil, Como ocorreu
a ocupação da Amazônia, Urbanização de Belém
no final do século XIX, Pará nasceu de uma
divisão, No tempo das
fábricas, História do Brasil, História do Pará, Brasil Escola História
de Altamira, Mundo Vestibular Brasil Período Pré-colonial, Os Deputados
Brasileiros nas Cortes de 1821 Capitanias
Hereditárias, Reconstruindo o mapa
das capitanias hereditárias, Cabanagem a
província entre 1930 e 1940, Atlas digital da américa lusa, Mestrado Unama, Secretaria de Planejamento de Belém, Trilha dos potiguaras, Anpuh, iPatrimônio, Jornal O Liberal,
Atualizado em setembro/2022.