A IGREJA DE PEDRAS DE VIGIA DE NAZARÉ

A igreja jesuita de pedra é uma das 7 maravilhas paraense

 A história da Vigia de Nazaré, em parte, está circunscrita à ação religiosa dos jesuítas. Como representantes da Ordem na colônia portuguesa, os padres capitaneando as populações indígenas, foram desbravando a floresta imbuídos do fiel propósito de converter almas. Se tornando assim um município em que a religiosidade é marcante. 



 A Capela do Senhor dos Passos (Igreja de Pedras) datada do século XVIII (1739), é um templo construído pelos Jesuítas toda em pedras sobrepostas e sem reboco com mão de obra indígena. Conhecida, hoje, como Igreja do Bom Jesus, onde guardavam a imagem do Bom Jesus venerada por Frades Carmelitas que se instalaram no município de Vigia em 1734.

 Construída, em frente ao rio Guajará-mirim, para atender aos fiéis que estavam povoando o outro extremo da cidade, incluindo o bairro do Arapiranga, pois desejavam deixar a Igreja Madre de Deus para o atendimento do Colégio da Mãe de Deus.

 Os jesuítas foram expulsos de Portugal e das províncias do Brasil, em 1759, por ordem do Marquês de Pombal, a construção da capela ficou inacabada e abandonada, sofrendo demolições e transformações. Na década de 30, um intendente local mandou demolir o que restava das paredes laterais e, com as pedras, mandou construir o cais de arrimo da cidade. 


 A Igreja revela estrutura de pedras lavradas, peças de mármore e imagens antigas. A técnica construtiva é pedra com agregado de uma mistura de massa de argila crua e cal que era obtida de materiais tirados dos sambaquis (depósitos pré-históricos de conchas comuns no litoral brasileiro).

 Quando o assunto é beleza, ela aprece em postais turísticos e miniaturas que são vendidas como lembrança. Sendo escolhida (em voto popular) umas das 7 Maravilhas do Estado do Pará. Em seu interior, há imagens e antigas peças em mármore.

 Em Vigia também existe o Círio mais antigo da região, dizem que é onde começou o Círio de Nossa Senhora de Nazaré e onde foi encontrado a imagem da santa na beira do rio Guajará-Mirim. 

História da Igreja de Pedra publicado na revista "Amazônia Viva" 2012
Ilustrador Leonardo Tavares



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