Segundo maior estado o Pará ilustra a diversidade natural e cultural do Norte
Segundo maior estado do Brasil em extensão (atrás apenas do Amazonas), o Pará ilustra bem a diversidade natural e cultural do Norte do País. Escolher um roteiro pelas cidades do Pará é programar uma viagem por atrações regionais tão únicas daquela região, passando por pratos (caruru, maniçoba, pato no tucupi, tacacá etc.) e músicas típicas (carimbó, calypso, tecnobrega, marujada etc) que vão dar vontade de querer ficar mais e mais…
BELÉM:
A capital e maior cidade é um polo de tudo de melhor que representa o Pará. Ao mesmo tempo em que é cosmopolita e moderna, Belém não perdeu traços tradicionais como seu casario colonial dos tempos áureos da indústria da borracha, quando herdou fortes influências europeias.
Há muito que ela deixou de ser apenas porta de entrada para a Amazônia. A lista de atrações imperdíveis em Belém inclui o incrivelmente diversificado Mercado Ver-o-Peso; belas áreas verdes como o Mangal das Garças; passando por complexos culturais maravilhosos como o Feliz Lusitânia e o Espaço São José Liberto, que abrigam museus, galerias e espaços de cultura em locais privilegiados, que têm como bônus uma linda vista da Baía do Guajará.
Não deixe de fazer uma visita guiada no Theatro da Paz ou na Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, de onde parte e chega o Círio de Nazaré, a maior procissão católica do país com mais de dois milhões de participantes. E esbalde-se nas maravilhas gastronômicas que a cidade oferece, como na Estação das Docas, onde não dá para deixar de provar os sabores exóticos de sorvete, como o de tapioca com açaí.
SANTARÉM:
Terceiro maior município paraense, Santarém já foi aldeia dos índios tapajós, e hoje é um dos grandes polos turísticos do Estado.
Ao mesmo tempo que cresceu, a cidade não perde suas tradições regionais. No Mercadão 2000, encontra-se frutas, peixes e comidas regionais, e nos restaurantes não faltam pratos com ingredientes clássicos com tucupi, jambu e piracuí.
Do movimentado Terminal Fluvial Turístico, com seus quiosques e artesanato típico em palha trançada, saem os populares passeios para ver o encontro das águas do Tapajós e Amazonas. No mesmo passeio, é possível avistar botos cor-de-rosa e cinzas. Sem falar nos mais de 100 quilômetros de praias de água doce, com direito a ilhas, cachoeiras, lagos, igarapés etc.
Uma aldeia de pescadores que só existe durante poucos meses do ano, é um dos xodós de Santarém, do Pará e do Brasil. Alter do Chão ganhou fama internacional ao ser apelidada de o “Caribe Amazônico”, com suas praias de águas doces às margens do Rio Tapajós.
As praias só aparecem no período de vazante do rio, entre agosto e novembro, e o balneário torna-se disputadíssimo. A paisagem mistura areia branquinha, águas de cor azul-turquesa e morninhas, barcos rústicos de madeira e barracas de sapê, e a famosa Ilha do Amor, acessível de canoa.
Sem contar as delícias da culinária local à base de frutos do mar, e a movimentada Festa do Sairé, em setembro, com uma semana de música, dança e procissões
MARAJÓ:
É no Pará também que está o maior arquipélago fluviomarinho do mundo. Banhado pelo oceano Atlântico e pelos rios Amazonas e Tocantins, o Arquipélago do Marajó abrange mais de 2.500 ilhas e ilhotas, e dezenas de municípios.
Seu ponto de visitação mais famoso é a Ilha de Marajó. Trata-se da maior ilha do Brasil, na foz do Rio Amazonas, acessível por catamarã desde a capital Belém. Entre os programas imperdíveis por lá, estão passeios de búfalo (muito comuns nas planícies da região); observar aves raras (como o guará) e os jacarés em passeios pelos igarapés; e praticar esportes variados, como rafting e caminhadas pela selva.
Soure é considerada a “capital” da região de Marajó, e guarda atrações naturais que merecem atenção em uma visita ao Pará. Entre elas, a Praia do Pesqueiro (ou “Vila do Pesqueiro”), a 11km do centro, na foz do Rio Amazonas.
Muita gente procura a praia para tirar fotos com os búfalos que habitam a região. A paisagem dos quatro quilômetros de dunas, palmeiras e mar agitado é complementada por uma infraestrutura de ótimos quiosques para atender os turistas.
SALINAS:
Outra região bastante movimentada durante a alta temporada é Salinópolis, ou Salinas. As praias atraem a galera jovem do Pará e os visitantes encantam-se com a paisagem de dunas e areias branquinhas.
Dentre os hits da região, estão a praia do Maçarico, com sua orla repleta de bares e restaurantes; a bela praia do Atalaia, com dunas gigantes e piscinas naturais na maré baixa; e um curioso lago de águas limpas e escuras, o “Lago da Coca-Cola”.
SÃO GERALDO DO ARAGUAIA:
Em São Geraldo do Araguaia, no sul do estado, o Parque Estadual Serra das Andorinhas abriga um dos ecossistemas mais ricos do Brasil em termos de diversidade biológica. Também chamada de Serra dos Martírios, a região contém 292 cavidades geológicas, entre elas 26 cavernas e 36 grutas.
São 60 mil hectares cortados pelo rio Araguaia, incluindo 40 cachoeiras, piscinas naturais, floresta com centenas de espécies botânicas e milhares de gravuras rupestres. Há também inúmeras opções de esportes de aventura, como rafting e alpinismo.
MARACANÃ:
No município de Maracanã, mas especificamente na ilha de Maiandeua (“Mãe da Terra” em tupi), local de pescadores reúne as algumas das praias consideradas mais tranquilas e bonitas do Pará. O clima é bucólico e de total rusticidade – não há trânsito de veículos e as pousadas e restaurantes são simples, mas extremamente aconchegantes.
Nada como passear os vilarejos da ilha a pé ou de carroça nas ruas de terra, ou ainda fazer passeios nas jangadas coloridas pelas praias de areia fininha, dunas, coqueirais e cajueiros. Na alta estação, o local ganha quiosques de frutos do mar, carimbó tocando nos alto-falantes e os surfistas marcam presença em praias como Crispim e Ipomanga.
fonte: MOMONDO