O balanço final da Black Friday no site Reclame Aqui, indica que o total de reclamações alcançou a marca de 8,5 mil em 24h no dia 29/11, representam um aumento de 6% em relação a 2012 - os destaques foram: preços errados, descontos insignificantes, sites fora do ar e falta de estoque, preços inflados.
RECLAMAÇÕES:
Em pesquisa com os consumidores virtuais, ficou claro que o e-commerce brasileiro não consegue atender a uma demanda tão grande, sendo carente de infraestrutura e clareza na formatação das ofertas. Queixas sobre sites offline foram citadas por 79% no Reclame Aqui, como exemplo, na sexta os sites Americanas e Submarino estavam fora do ar.
Em pesquisa com os consumidores virtuais, ficou claro que o e-commerce brasileiro não consegue atender a uma demanda tão grande, sendo carente de infraestrutura e clareza na formatação das ofertas. Queixas sobre sites offline foram citadas por 79% no Reclame Aqui, como exemplo, na sexta os sites Americanas e Submarino estavam fora do ar.
A falta de estoque dos produtos anunciados, que representou a insatisfação de 62,99% dos entrevistados. Por causa dos problemas da edição deste ano, apenas 26% dos entrevistados pretendem participar da Black Friday em 2014 e 28% não vão participar do próximo e 45% ainda não sabem.
As promoções irregulares também motivaram blogs como o "Friday Fiasco" a denunciar ofertas falsas e promoções estranhas. Veja uma lista abaixo de ofertas, no mínimo, confusas.
Na Kabum, os preços de fones de ouvidos no Facebook não eram iguais aos encontrados no site de e-commerce. Segundo a empresa, suas promoções são feitas com quantidades limitadas e o produto volta a custar o valor anterior, mas a
foto segue tranquilamente no Facebook; Na Walmart, a divulgação no Facebook apareceu com preço errado. Mesmo com
desconto de 70% um condicionar de ar foi anunciado por incríveis R$
99.999,99; Nas Casas Bahia o game do Batman para PS3 e Xbox têm desconto de R$ 0,90 e R$ 1,90;
Houve reclamações sobre a escassez de promoções com os descontos prometidos, de até 75%. Segundo o Busca Descontos, bloqueou 500 ofertas de diversas lojas que "inflaram" os preços dos produtos. Ou seja, aumentaram os valores antes do evento (quase o dobro do preço original) para depois venderem por um preço menor "maquiado" ou simplesmente não ofereceram os descontos prometidos. Desivo isso, sete varejistas participantes foram notificadas pelo Procon-SP na sexta-feira, são elas: Extra (lojas física e virtual), Ponto Frio, Submarino, Americanas, Walmart, Saraiva e Fast Shop.
O Procon-SP deu prazo até a próxima sexta-feira (30) para as empresas se manifestarem. A organização disse que não existem descontos absurdos, principalmente em eletrônicos, pois atualemnte o ganho que o ecommerce tem em um notebook é de pouco mais de 1%, ou seja, apesar de os participantes alardearem descontos de até 75%, a maioria das promoções oferecem preços de 15% a 30% menores, em média.
PIORES EMPRESAS:
À meia-noite, o ranking das cinco mais reclamadas era formado por Extra, Submarino, Ponto Frio, Americanas e Casas Bahia
Porém, acredita-se que houve uma pequena melhora no quesito atendimento das reclamações no site.
O CEO do site Busca Descontos, responsável pela Black Friday, acredita que o evento poderia ter gerado mais vendas se não fossem os problemas encontrados; quem mais perdeu foram as varejistas. Mas alguns sites tiveram um desempenho melhor, com destaque para o Walmart, que conseguiu ficar no ar durante toda a sexta-feira.
Apesar das inúmeras reclamações, a edição 2013, movimentou R$ 424 milhões. O montante é 95% superior ao registrado na mesma data do ano passado, quando as lojas faturaram cerca de R$ 217 milhões. A previsão da organização era de uma movimentação de R$ 340 milhões. Foram efetuados 969 mil pedidos de
compras online, um crescimento de 79% em relação a edição passada, com ticket médio 437,9% superior ao de 2012.
De acordo com os dados, os R$ 424 milhões superam em 552% as vendas de uma sexta-feira comum (tendo como base a data de 8 de novembro de 2013); o número de pedidos efetuados durante o evento foi 432% maior. Os consumidores da região Sudeste foram os que mais compraram (68%). Já as demais regiões Sul e Nordeste registram 12% das vendas, Centro-Oeste (6%) e Norte (2%).
Jovens e adultos de até 30 anos comparam mais, sendo um consumo de 45%. Em um dia normal, essa faixa etária é responsável por 39% das compras. Os adultos de 31 à 40 anos responderam por 29% das compras, enquanto as pessoas de 41 anos ou mais, foram responsáveis por 26% das aquisições.
As categorias mais procuradas pelos consumidores foram: telefonia, eletrodomésticos, eletrônicos, informática e games, sendo a telefonia a mais popular. Já o desconto médio no preço foi de 20%, as categorias que tiveram os maiores descontos foram: papelaria (31%); moda e acessórios (30%) e casa e decoração (28%).
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